Gigantes do Vale do Silício, como Meta e Google, estavam contratando milhares de profissionais sem demanda real de pessoal. Funcionários recém-admitidos muitas vezes tinham que lutar para encontrar o que fazer.
Em fala recente, Keith Rabois, ex-PayPal e CEO da OpenStore, afirmou que muitas contratações de Big Techs eram para bater metas e melhorar a imagem das empresas. Ao que tudo indica, as ondas de demissões são, em parte, o resultado da prática que também visava privar outras empresas de contratar funcionários especializados.
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Pagos para fazer nada
A ex-funcionária da Meta, Brit Levy, foi uma das milhares de pessoas afetadas pelas demissões em massa. Em seu perfil do TikTok, ela compartilhou um desabafo que confirma a fala de Rabois, e explica os motivos de se recusar a assinar o acordo de rescisão oferecido pela Meta.
“Todos com quem eu trabalhava tinham em que trabalhar, mas eu não. Então sou um daqueles funcionários contratado em uma posição bem estranha, onde imediatamente me colocaram em um grupo de indivíduos que não estavam trabalhando", disse a ex-funcionária da Meta.
"Assim, nós só estávamos lá sentados. Tínhamos que basicamente lutar para achar o que fazer. Era um ambiente estranho e parecia que a Meta estava contratando pessoal apenas para que outras empresas não o fizessem, e nos colecionavam como se fossemos cartas de Pokémon.”
Levy ainda acrescentou que, por meses, ela tinha todo o tempo do mundo para trocar mensagens com membros de outras equipes da Meta. Em longas conversas, discutiam sobre como também não estavam fazendo nada.
O vídeo foi publicado no último sábado (11) e, até agora, a Meta não comentou sobre a fala de Rabois ou o relato de sua ex-funcionária. Recentemente, a empresa demitiu 10 mil empregados.
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