As notícias não são boas para a DoNotPlay. A startup por trás do "primeiro advogado robô do mundo", que foi criada por Joshua Browder, está sendo processada por ex-consumidores, que acusam a empresa de enganá-los e conduzi-los de forma equivocada. A ação judicial foi criada no dia 3 de março, em São Francisco, nos Estados Unidos, e veio a público na última quinta-feira (9).
Conforme revela o documento processual, a DoNotPlay é acusada, primeiramente, de se descrever de maneira "incorreta" e "ilegal". Como diz o parágrafo anterior, a empresa clama ter criado o "primeiro advogado robô do mundo", algo que é questionado pelos ex-clientes da startup. Além disso, a companhia foi denunciada por fazer promessas falsas, levando as pessoas a acreditarem que estariam recebendo documentos e conselhos legais de qualidade, quando, na verdade, não estariam.
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A DoNotPlay tem sido alvo de um processo legal que acusa a empresa de aconselhar mal seus clientes, bem como de fornecer documentos ilegais.Fonte: GettyImages
"Infelizmente, para seus clientes, a DoNotPlay não é, realmente, um robô, nem um advogado, nem uma firma de advocacia. A DoNotPlay não tem um diploma de direito, não é respaldada por qualquer jurisdição, e não é supervisionada por qualquer advogado", diz o texto. Por fim, o documento acusa a empresa de violar o código de lei da Califórnia ao "praticar advocacia sem licença".
O que faz a DoNotPlay?
A DoNotPlay começou a ganhar fama na internet ao se apresentar como uma companhia capaz de ajudar pessoas a navegarem por burocracias jurídicas e questões legais simples, como se livrar de multas injustas, solicitar ressarcimentos e cancelar assinaturas abusivas.
No início de 2023, a empresa chegou a anunciar que estaria integrando uma Inteligência Artificial à sua plataforma com a intenção de que esta argumentasse, em frente a um juiz, sobre determinados casos. O plano não deu certo, mesmo com o criador da tecnologia oferecendo US$ 1 milhão para qualquer advogado que permitisse que a ferramenta de IA "discutisse" em seu lugar em frente à Suprema Corte dos Estados Unidos.
De lá para cá, a DoNotPlay tem sido alvo de diversas críticas, que apontam os erros e incertezas em torno da plataforma. Por enquanto, o futuro da companhia segue incerto.
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