Única big tech a não fazer demissões até agora, a Apple está recorrendo uma postura mais cautelosa quanto aos gastos. Segundo fontes que não quiseram se identificar, entre as medidas de contenção, a Maçã está reduzindo a frequência de bônus corporativos a alguns empregados e aumentando o congelamento de novas contratações.
A Apple começou a apertar o cinto em julho do ano passado, quando um quadro de inflação e temores de uma recessão levaram outras gigantes – como Meta, Google e Amazon – a anunciar os seus layoffs.
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Em Cupertino, no entanto, o CEO Tim Cook solicitou a redução do próprio salário em 40% neste ano. "Estamos sendo muito prudentes e cuidadosos com os gastos e continuamos a ser muito refletidos quando se trata de contratações". De acordo com a Bloomberg, seus informantes anônimos também assinalaram uma redução nos gastos com viagens a serviço e comparecimento aos escritórios.
Tim Cook pediu a redução do próprio salário em 43%.Fonte: GettyImages
Quais são as medidas restritivas da Apple?
A primeira medida diz respeito à distribuição de bônus e promoções que é feita, dependendo da divisão, uma ou duas vezes por ano. Pelo novo plano revelado à Bloomberg, os grupos que recebiam esses benefícios em abril e outubro passarão a recebê-los apenas no final do ano, medida que passará a valer para todos as divisões da empresa.
Na área de recursos humanos, a empresa está congelando a contratação de novos colaboradores e não preenchendo as vagas abertas pela saída espontânea de funcionários. Em janeiro, a Apple também começou a demitir empregados terceirizados, que trabalham em lojas afiliadas, fora das Apple Stores.
Uma abordagem mais restritiva chegou às viagens a serviço: todos os orçamentos passarão a exigir, a partir de agora, a aprovação do vice-presidente sênior, o terceiro posto na estrutura da empresa. Quanto ao comparecimento aos escritórios, o departamento de RH passará a fiscalizar de perto a frequência de três dias exigida pela empresa.
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