Semicondutores: Brasil ganha importância na disputa entre EUA e China

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Imagem: Getty Images/Reprodução

Os Estados Unidos estão interessados em promover investimentos na cadeia de semicondutores no Brasil para reduzir a dependência de países asiáticos e manter a liderança na guerra tecnológica contra a China. O país aprovou um incentivo de US$ 52 bilhões para reduzir a dependência de fornecedores do continente oriental.

Os semicondutores são componentes essenciais para a tecnologia moderna, como celulares, carros autônomos, computação avançada, drones e equipamentos militares. Durante a pandemia de covid-19, houve escassez mundial de semicondutores e diversos países buscam reduzir a dependência de importações e passar a ter fornecedores mais próximos geograficamente.

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Mais de 60% das empresas dos EUA têm a etapa de fabricação de chips baseada em outros países, principalmente asiáticos. Além disso, a etapa de finalização também é realizada em grande parte no exterior.

O investimento norte-americano viria com várias restrições para exportação ou negócios com a China. As empresas que receberem fundos americanos estão impedidas por dez anos de participar de nenhum negócio envolvendo a fabricação ou aumento de capacidade de produção de certos semicondutores na China.

Indústria brasileira de chips

Empresa estatal fabricante de chips deve ser reaberta no Brasil. (Fonte: Wikimedia/Ceitec/Reprodução)Empresa estatal fabricante de chips deve ser reaberta no Brasil. (Fonte: Wikimedia/Ceitec/Reprodução)Fonte:  Getty Images/Reprodução 

O Brasil tem 11 empresas na cadeia de produção de semicondutores, mas apenas no backend, etapa final da produção. A indústria nacional não atua no frontend, que compreende a fabricação do componente.

O país ainda não tem condições de ser um player mundial, mas pode ocupar elos da cadeia global de suprimentos com parcerias. O governo brasileiro estuda reabrir o Centro de Excelência em Eletrônica Avançada (Ceitec), estatal de semicondutores que entrou em processo de liquidação na gestão anterior.

O país vem tentando incentivar o desenvolvimento da indústria de chips localmente, com medidas como a criação de um grupo de trabalho para discutir políticas públicas, reduzindo a burocracia, e a realização de parcerias com empresas estrangeiras para a construção de fábricas para atrair investimentos para suprir a falta de infraestrutura local.

Com investimento e transferência de tecnologia, o país poderia começar a fabricar chips de 14 nanômetros para abastecer a indústria automobilística doméstica em um prazo entre 10 e 15 anos.

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Fontes

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