Desde que o metaverso se tornou uma pauta recorrente nos meios de comunicação, ele foi se tornando mais palpável, mostrando-se como algo concreto e não apenas uma ideia remota.
Ainda assim, muitas pessoas têm a tendência de se distanciar das novidades tecnológicas, se não de maneira abstrata, então geográfica. É mais fácil imaginar que as inovações estão em outro continente, outro país — EUA, Europa — do que perto da gente. Mas a realidade é cada vez mais próxima, porque o Brasil já possui um mundo de profissionais e negócios interessados no novo, e muitos outros que enxergam o nosso potencial para disrupção e crescimento.
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O metaverso é um dos grandes exemplos disso. Em novembro do ano passado, aconteceu o Creative Minds Roundtable: um evento promovido pela Meta que reuniu nove empreendedores e especialistas em tecnologia brasileiros, com o propósito de discutir o presente e o futuro do metaverso no país e no mundo. Nomes como Luciana Haguiara (Media.Monks), Nina Silva (Black Money) e Konrad Dantas (Kondzilla), entre outros, trouxeram perspectivas únicas para a construção desse novo universo.
Veja também: Afinal, quem criou o metaverso?
Como Haguiara falou, foi “uma junção de mentes brilhantes, com uma diversidade incrível, trazendo cada um a sua visão do que é o metaverso e como a gente pode construí-lo juntos no Brasil. E a riqueza de pensamentos que saiu desse encontro não tem preço”.
Em outras palavras, planos e projetos já estão em desenvolvimento neste momento. Um dos pontos mais levantados durante o evento, por exemplo, foi o papel dos creators nesse movimento.
Não é surpresa que eles são responsáveis por causar grande impacto na internet — não é à toa que também se chamam “influenciadores” —, e isso não deve mudar no metaverso. Na verdade, deve evoluir ainda mais, visto que o metaverso aproxima as pessoas, e o diferencial dos creators é justamente a conexão que criam com seu público.
Criadores de conteúdo são a aposta para criar uma conexão entre o Metaverso e o público.
Se você quer exemplos mais práticos, saiba que eles também já existem: em março de 2022, a plataforma Decentraland sediou a primeira Metaverse Fashion Week, uma semana de desfiles que contou com a participação de importantes marcas e a participação de cerca de 108 mil pessoas. Além de acompanhar a ação, as pessoas podiam comprar algumas peças, virtuais ou modelos reais que seriam entregues em casa. O evento foi um sucesso. E sabe o que mais? Foi idealizado por uma brasileira, Giovanna Graziosi Casimiro!
Outro exemplo? 55Unity é um jogo de RPG social construído a partir de diversas ações da comunidade e que se propõe a ser uma franquia multicanal, incluindo mas não se limitando ao metaverso. Além da história se passar no Rio de Janeiro, a produção é da startup brasileira Lumx Studios.
O ponto é que estamos em um momento de virada, com muitas novidades surgindo e muitas outras sendo construídas. Segundo a Bloomberg Intelligence, esse é um nicho que pode movimentar US$ 800 milhões até 2024 globalmente.
Hoje, vivemos o início da era Web3, uma era de descentralização e remodelagem social e econômica, que começa no digital, mas não se limita a ele. Diferente de outras situações, o Brasil tem boas chances de entrar nessa fase lado a lado com o resto do mundo. Por isso, se você não está se preparando para acompanhar, está na hora de começar.
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