Home office paga 10% menos que trabalho presencial em SP

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Imagem: Pexels/Tima Miroshnichenko/Reprodução
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Um estudo realizado pela plataforma de recolocação profissional Empregos.com.br revelou que as vagas de home office em São Paulo pagam, em média, 10% menos do que as vagas com jornada presencial. A tendência vai na contramão de dados brasileiros divulgados pelo LCA Consultores, com base na Pnad do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, apenas 3,6% das 41,841 vagas de trabalho abertas em janeiro na capital paulista são para home office, com um salário médio de R$ 1.790, enquanto as vagas presenciais pagam R$ 1.975. Entre os profissionais mais procurados estão assistente de loja, assistente de vendas interna, operador de estacionamento e operador de telemarketing.

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De acordo com a gerente da Empregos.com.br, Tábata Silva, esse número reflete a insegurança de algumas empresas, que acreditam que o home office afeta a produtividade. “Outro fator que também deve ser levado em consideração é que muitas empresas que estão retomando as contratações não oferecem a possibilidade de trabalho remoto”, afirma.

Home office cresceu na pandemia

Profissionais mulheres, brancas, com nível superior completo e na faixa etária entre 20 e 49 anos são a maioria do home office no Brasil. (71,8%).(Fonte: Unsplash/Surface/Reprodução)Profissionais mulheres, brancas, com nível superior completo e na faixa etária entre 20 e 49 anos são a maioria do home office no Brasil. (71,8%).(Fonte: Unsplash/Surface/Reprodução)Fonte:  Unsplash/Surface/Reprodução 

Um estudo divulgado no final do ano passado pela LC Consultores afirma que o rendimento do trabalhador remoto é maior que o presencial no Brasil. O valor, inclusive, cresceu 53% em comparação ao período pré-pandemia. A renda média dos trabalhadores em home office no 3º trimestre de 2022 foi de R$ 3.009,88, o segundo maior desde 2018.

O número de trabalhadores em home office aumentou 76,3% em comparação com o 3º trimestre de 2018 e ficou estabilizado em torno de 6 milhões. O pico foi no último trimestre de 2021. A massa de rendimento real dos trabalhadores remotos foi de R$ 19,64 bilhões, um aumento de 130,6% em comparação com o 1º trimestre de 2020.

O Brasil, ao lado do Egito, é o país onde os trabalhadores mais desejam reduzir os dias que passam no escritório, segundo o estudo Working from Home Around the World (em português, “Trabalhando em casa ao redor do mundo”). Os profissionais brasileiros desejam trabalhar em média 2 a 3 dias de home office.

Brasileiros trabalhando remotamente pelo mundo

Desvalorização do real frente a outras moedas é um dos principais atrativos de trabalhar remotamente para empresas fora do Brasil. (Fonte: Unsplash/Jinyun/Reprodução)Desvalorização do real frente a outras moedas é um dos principais atrativos de trabalhar remotamente para empresas fora do Brasil. (Fonte: Unsplash/Jinyun/Reprodução)Fonte:  Unsplash/Jinyun/Reprodução 

O número de profissionais que trabalham para empresas do exterior, mas vivem no Brasil, aumentou 491% entre 2020 e 2022, segundo pesquisa da Husky, plataforma de transferências internacionais. Os profissionais de tecnologia da informação são os mais procurados, mas outras áreas como designers, influenciadores digitais e streamers também estão sendo requisitados.

A pesquisa aponta que, em março de 2020, havia 1.251 usuários da Husky, e no final de novembro de 2022, já eram 11.284. Especialistas atribuem o movimento à consolidação do home office devido ao isolamento social provocada pela pandemia e às mudanças nas leis trabalhistas.

Algumas empresas oferecem opções de trabalho remoto, híbrido ou presencial aos seus funcionários. A flexibilidade do trabalho remoto também é motivadora para muitos funcionários permanecerem na empresa.

Produtividade no trabalho remoto

Ao contrário do temor das empresas, home office tem produtividade igual ou superior ao trabalho no escritório. (Fonte: Unsplash/Carl Heyerdahl/Reprodução)Ao contrário do temor das empresas, home office tem produtividade igual ou superior ao trabalho no escritório. (Fonte: Unsplash/Carl Heyerdahl/Reprodução)Fonte:  Unsplash/Carl Heyerdahl/Reprodução 

A produtividade dos profissionais em home office é maior ou igual ao trabalhador presencial, aponta uma pesquisa do OTRS Group realizada na Alemanha, Brasil, Cingapura, Estados Unidos e México. O levantamento foi realizado entre 500 trabalhadores ouvidos das áreas de atendimento ao cliente, TI, administração, RH e marketing.

Cerca de 40% dos profissionais consultados afirmam que podem trabalhar com a mesma produtividade em casa quanto no escritório, enquanto 43% afirmam que são ainda mais produtivos em casa. No Brasil, 54% dos entrevistados afirmam que podem trabalhar de forma mais produtiva em home office.

No entanto, a pesquisa também apontou riscos, como a falta de reuniões presenciais e a tendência a trabalhar horas extras. Apesar disso, quase metade dos entrevistados gostariam de continuar trabalhando em home office após a pandemia, desde que com uma conexão de internet estável.



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