Os famosos códigos de barras tem uma utilização nas mercadorias que corresponde a cerca de 81% no Brasil inteiro, segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Automação. Ou seja, na catalogação e identificação de produtos, ela é hegemônica.
Porém, existe uma tecnologia relativamente nova que pode substituir o código de barras no futuro, principalmente pela facilidade e pelos resultados alcançados nas empresas. Se trata das etiquetas RFID, conhece?
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Quer saber como funciona essa funcionalidade? Então, continue a leitura e vamos conhecer juntos!
O que significa etiquetas RFID?
Em junho de 2022, a loja de roupas e departamento Renner concluiu a implantação do RFID, um sistema de gestão, controle, reposição e segurança de estoques que utiliza identificação por radiofrequência para catalogar e identificar as mercadorias.
Se você já foi a uma das lojas, pode ter percebido o novo uso – novidade entre as grandes empresas do setor em todo o mundo. São quase 400 lojas físicas com 100% dos itens comercializados já utilizando o RFID.
A primeira utilização dessa tecnologia ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, quando o exército britânico utilizou a RFID para identificar aviões amigos de inimigos. Atualmente, é utilizada no dia a dia em cartões de aproximação para o acesso a prédios, transportes públicos, livros e está chegando cada vez mais forte no varejo.
As Etiquetas RFID surgem como uma forma de otimizar o controle de estoque, aumentar a eficiência e a segurança das empresas, mas também trazer novas formas de compras e pagamentos para o consumidor.
E nesse caso, só estamos falando de vantagens dentro do exemplo do setor comercial, mas são variados os benefícios do instrumento quando utilizados em outras esferas.
Afinal, o recurso parece misterioso, mas é bem simples: são etiquetas com “microchips” ou pequenos pontos que emitem ondas de radiofrequência, permitindo ler em movimento e várias tags ao mesmo tempo.
Quais são os tipos de etiquetas RFID?
Os tipos de etiquetas RFID existentes são muitos. E podem variar conforme a alimentação da bateria, a frequência que elas emitem e o tipo de encapsulamento de tag.
Para a alimentação da bateria, podemos encontrar Tags RFID ativas, que utilizam uma bateria embutida, costumam ter um bom alcance, alto custo e tamanho maior. Podem ser aplicadas na Indústria, Logística e Gerenciamento de tráfego em tempo real, por exemplo.
Existem as Tags RFID passivas, que não possuem bateria. O custo é menor, a vida útil melhorada e o tamanho é pequeno, auxiliando na utilização de rastreamento e de segurança, gerenciamento de livros e arquivos, entre outros.
Por fim, as Tags semipassivas tem uma das melhores velocidades de resposta e mais eficiência, porém, possuem volume e um custo maior. Podem ser usadas para posicionamento preciso de pessoal, gerenciamento de estacionamento, etc.
Além disso, é possível diferenciar as Etiquetas RFID por frequência de trabalho:
- 125 kHz Etiquetas RFID LF;
- 13.56 MHz Tags RFID HF;
- Tags RFID UHF de 860 ~ 960 MHz;
- 2.45GHz~ Etiqueta de micro-ondas de 5.8 GHz.
E também pelo tipo de encapsulamento de tag, ou seja, a forma física externa que vemos da etiqueta:
- Adesivos RFID;
- Tags RFID de plástico;
- Etiquetas de tubo de vidro RFID;
- Etiquetas de cerâmica RFID;
- Pulseiras RFID;
- Tags epóxi RFID.
Quais os componentes de um sistema RFID?
Para funcionar corretamente, uma etiqueta não pode existir sozinha. Ela precisa de alguns componentes e acessórios para utilização. As três principais são: a tag, a antena e o leitor. Além disso, um computador ou outro dispositivo atua como um organizador dos dados identificados pelo leitor.
A tag, ou a etiqueta propriamente dita, tem a função de identificar os diferentes elementos do objeto e mercadorias.
A antena será responsável por fazer a conexão entre ela e o leitor, transmitindo as informações necessárias recebidas por radiofrequência, enquanto o leitor recebe a tarefa de controlar os acessos múltiplos, realizar a correção dos erros e enviar informações coletadas para qualquer sistema de processamento de dados, seja o computador ou outro dispositivo.
Como ler uma etiqueta RFID?
Como mostramos anteriormente, existem diferentes tipos de catalogação das etiquetas RFID e os componentes utilizados devem seguir a padronização do tipo de tag definida para os objetos.
Nas tags passivas, há a necessidade da antena móvel ou fixa transmitindo o código em pequenas distâncias. Na semipassiva o sinal é maior, é ativado pela antena também, mas como possui uma bateria, alcança um sinal de transmissão de maior distância.
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Nas tags ativas, que possuem bateria, existe a possibilidade de transmitir seu próprio sinal, com o objetivo de enviar as informações armazenadas em seus microchips. Entretanto, fique atento às frequências e ao tipo de alimentação. Elas definem qual tipo de sistema deve ser utilizado para leitura e a distância entre o código e o leitor.
Agora que você conhece mais sobre as Etiquetas RFID, consegue imaginar as possibilidades no varejo, e-commerce e marketplaces. Ficou mais fácil reconhecer esse tipo de gerenciamento de informações quando você ver uma, não é mesmo?
É possível que o RFID ganhe ainda mais adeptos no futuro. Fique de olho!