O criador da corretora de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, foi preso nas Bahamas e deverá comparecer nesta terça-feira (13) a um tribunal de magistrados em Nassau, a capital do país caribenho. De acordo com a BBC, que divulgou a notícia hoje, o procurador-geral da nação afirmou que o conhecido SBF foi detido por "crimes financeiros" cometidos contra as leis das Bahamas e dos EUA.
Ao entrar com pedido de falência em uma corte americana no mês passado, a FTX suspendeu os saques de fundos de todos os seus clientes. Conforme o processo judicial, somente os 50 maiores credores da exchange têm a receber quase US$ 3,1 bilhões (R$ 16,5 bilhões).
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O dramático pedido de falência não é, no entanto, uma garantia de que as pessoas que investiram na FTX receberão o seu dinheiro em algum momento do processo. Especialistas alertam que, se houver recuperação, será de apenas uma pequena fração do que foi depositado. Outros afirmam que os valores foram desviados pelo garoto de ouro do universo cripto para sua empresa de investimentos Alameda Research.
O que diz Bankman-Fried?
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
Em entrevista concedida à BBC no início do mês, Bankman-Fried admite que “cometeu erros” na administração da empresa, mas nega qualquer tipo de atividade ilegal. "Não cometi fraude intencionalmente, acho que não cometi fraude, não queria que nada disso acontecesse. Certamente não fui tão competente quanto pensei”.
Sobre as acusações de desvio de fundos dos clientes da FTX para alavancar operações na Alameda Research, SBF também negou. Disse apenas que, por ser o CEO da empresa, acabava sendo o responsável final por qualquer tipo de desvio de fundos. "Isso dependia de mim, de uma forma ou de outra", defendeu-se.
Nos EUA, os reguladores da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) comemoraram a prisão. "Parabenizamos nossos parceiros de aplicação da lei por trabalhar para garantir a prisão do Sr. Sam Bankman-Fried nas Bahamas por acusações criminais federais", disse o funcionário Gurbir Grewal em comunicado.
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