Nesta Copa do Mundo 2022, o discurso de diversidade ficou só nisso mesmo: discurso. No Qatar, país que sedia o Mundial de futebol deste ano, é crime ser gay ou mesmo mostrar apoio à comunidade LGBT+. Para driblar as autoridades locais, torcedores usam realidade aumentada para levar as cores do arco-íris aos estádios.
A revista brasileira Corner criou um filtro no Snapchat em que os torcedores podem transformar qualquer bandeira ou tecido levado ao estádio na bandeira do orgulho LGBT+. Basta pesquisar a lente "Pride Nation" no aplicativo, podendo ser acessada por qualquer pessoa.
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De acordo com o editor e fundador da Corner, Fernando Marinho, o filtro foi pensado para que os torcedores protestem sem arriscar sofrer violência ou serem detidos.
O filtro transformar qualquer bandeira ou tecido na bandeira do orgulho LGBT+.Fonte: Corner
A FIFA, organizadora da Copa do Mundo, havia dito que objetos de apoio aos direitos LGBT+ seriam permitidos no evento, mas muitos confiscos foram relatados. A entidade chegou a ameaçar de punição jogadores que usassem a braçadeira de capitão pela diversidade. Uma bandeira do estado de Pernambuco foi alvo das autoridades catarenses, por conter um arco-íris.
Um homem italiano invadiu o campo carregando a bandeira LGBT+ e vestindo uma camisa em apoio às mulheres do Irã e contra a guerra na Ucrânia. O caso aconteceu na partida entre Portugal e Uruguai, no dia 28 de novembro. Após ser detido, ele foi liberado ao assinar um termo de que não repetiria o ato.
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