'Faraó dos Bitcoins' quer de volta R$ 72 mi que doou à Universal

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Imagem: Polícia Federal

Preso durante uma operação da Polícia Federal em agosto do ano passado, o chamado “faraó dos bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos, continua presente nas mídias sociais com suas ações faraônicas. Após obter, mesmo na cadeia, 37 mil votos para deputado federal nas últimas eleições, o ex-pastor entrou em setembro com uma ação judicial contra a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).

Na ação, a qual o jornal O Globo teve acesso, o empresário exige a devolução de R$ 72,3 milhões doados à igreja por ele e por sua notória empresa G.A.S., nos anos de 2020 e 2021. Nas justificativas da ação de revogação de doação – que tramita na 1ª Vara Cível da Comarca de Cabo Frio, Glaidson declara que a Iurd mostrou "ingratidão", pois levantou suspeitas sobre a origem "lícita" dos recursos.

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Como fiel, explica o ex-pastor, ele aprendeu a "respeitar e admirar" a Iurd. De acordo com suas alegações, sua mãe o criou no ambiente religioso e, quando adulto, ele passou a prestar serviço voluntário, “exercendo função de missionário dentro e fora do Brasil”. Por isso, quando atingiu o "sucesso profissional", decidiu fazer as doações.

Por que o "faraó dos bitcoins" quer suas doações de volta?

Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte:  Shutterstock 

Conforme a reportagem publicada na quarta-feira (30) no jornal carioca, o advogado de Glaidson, David Augusto Cardoso de Figueiredo, elencou na ação algumas falas dos principais religiosos da Igreja Universal criticando a transação com uso de criptomoedas. O líder da Iurd, Bispo Edir Macedo chegou mesmo a insinuar que quem negocia com criptoativos tem "relação com satanás".

Apesar da origem supostamente maléfica dos recursos financeiros, a assessoria de imprensa da Igreja Universal do Reino de Deus limitou-se a afirmar ao jornal O Globo que tudo que tinha a declarar sobre o assunto “consta da nota divulgada em 30/8/2021”, na qual alertava "as autoridades e o público sobre suspeita de pirâmide financeira".

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Fontes

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