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iFood e Nubank são condenados após golpe que cobrou R$ 5 mil por pão

O processo foi motivado por fraude na compra de três pacotes de pão de forma que custaram quase R$ 5 mil

em 01/12/2022, 06:30
iFood e Nubank são condenados após golpe que cobrou R$ 5 mil por pão

Fonte:  Shutterstock 

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O iFood e o Nubank foram condenados a pagar indenização por danos morais de R$ 10 mil a duas vítimas do golpe do entregador em São Paulo (SP), conforme noticiou o UOL na quarta-feira (30). Na fraude ocorrida em março, os clientes pagaram R$ 4.958 por três pacotes de pão de forma.

Segundo a publicação, os dois irmãos realizaram o pedido dos pães e o pagamento de R$ 52,46 no app de delivery. Mas ao chegar até eles, o entregador disse que a transação havia sido cancelada pela plataforma de entrega e o valor estornado.

Para que os consumidores não ficassem sem o produto, o homem propôs receber o pagamento em sua maquininha, usando o cartão de crédito de um deles. Mas no dia seguinte, o cliente foi surpreendido ao se deparar com a cobrança de quase R$ 5 mil na fatura.

Sem notar, o cliente pagou quase R$ 5 mil pelos pães de forma.

Sem notar, o cliente pagou quase R$ 5 mil pelos pães de forma

Na decisão, a juíza Cláudia Ribeiro declarou que a responsabilidade do iFood no golpe do entregador é “evidente”, uma vez que o fraudador possuía todos os detalhes do pedido, incluindo a nota fiscal. Dessa forma, o comprador foi levado a acreditar que estava recebendo um prestador de serviço realmente cadastrado na plataforma.

Empresas se defendem

Quanto ao Nubank, a magistrada afirmou que a fintech deveria ter suspeitado do valor da transação, bem diferente do perfil de gastos daquele cliente. Por não tomar as medidas para evitar a ação do golpista, a empresa também foi condenada no processo.

Em sua defesa, o banco digital disse que não houve falhas na sua conduta, pois não possui autonomia para cancelar compras. Já o iFood argumentou que apenas realiza a intermediação entre estabelecimentos e consumidores, não tendo vínculo empregatício com o entregador, e ressaltou que os clientes não seguiram as recomendações para evitar fraudes.

As empresas ainda podem recorrer da decisão.


Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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