A Meta, empresa responsável pelo Facebook, foi multada em US$ 275 milhões — cerca de R$ 1,4 bilhão em conversão direta de moeda — por permitir que dados de usuários fossem coletados e divulgados.
A decisão foi publicada nesta segunda-feira (28) pelo Data Protection Commission (DPC), o órgão fiscalizador de privacidade digital na Irlanda. A instituição consultou outras entidades da União Europeia e, após uma investigação, determinou que a companhia teve culpa ao permitir o vazamento de informações.
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Mark Zuckerberg, CEO da Meta.Fonte: Getty Images
O caso em questão aconteceu em abril de 2021, resultando na exposição de detalhes cadastrais de 533 milhões de usuários ao redor do mundo. Os responsáveis pela coleta forçada de dados conseguiram reunir detalhes como nome, localização e data de nascimento a partir de uma vulnerabilidade na interface da rede social.
Promessa não adiantou
Em resposta logo após o incidente, a Meta anunciou que reviu as políticas contra o data scraping, que é a "raspagem" de dados não autorizada e a partir de informações que até são visíveis em alguns casos, mas não devem ser reunidas e disponibilizadas à comunidade. Ainda assim, o DPC considerou que a companhia mantinha uma segurança insuficiente e não prezou pela privacidade dos usuários.
A Meta ainda não comentou a decisão e nem decidiu se vai apelar contra a multa. Somente neste ano, a dona do Facebook já foi condenada por política de cookies ao lado da Google e até por vazar dados de brasileiros.
Além disso, a mesma DPC já aplicou em 2021 uma multa de valor similar ao WhatsApp, que também é da Meta, por falta de informações sobre como o mensageiro compartilha dados com o Facebook.
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