A Amazon começou a demitir funcionários da área corporativa e de tecnologia na última terça-feira (15). A ação é um dos esforços do CEO Andy Jassy para tentar controlar os custos da gigante do e-commerce.
Conforme a CNBC, a empresa notificou funcionários de várias divisões sobre o desligamento. Entre os colaboradores dispensados, há membros dos setores de tecnologia Alexa e do serviço de jogos na nuvem Luna.
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Setor da Amazon responsável pelo desenvolvimento de produtos Alexa estava em análise.Fonte: Andres Urena/Unsplash
Na última segunda-feira (14), o The New York Times revelou que a Amazon planeja a demissão de cerca de 10 mil trabalhadores. Entretanto, o número poderia variar porque os cortes estão ocorrendo em equipes individuais.
Fontes indicam que a companhia não havia se manifestado sobre a demissão em massa até o meio-dia de terça-feira (15). Após a repercussão na mídia, o silêncio da empresa teria deixado os colaboradores frustrados.
Há algumas semanas, a Amazon vem encerrando o contrato de trabalhadores terceirizados das divisões de publicidade e operações internas. Além disso, a empresa paralisou as contratações e encerrou processos seletivos em andamento devido à reestruturação.
Fontes internas disseram que, até então, a companhia estava conseguindo evitar as demissões. Por exemplo, funcionários que poderiam ser afetados pelo corte foram transferidos para outros setores.
Apesar dos cortes, a Amazon pode contratar 150 mil trabalhadores temporários no final do ano.Fonte: Daniel Holland/Unsplash
Desaceleração do varejo eletrônico
A Amazon entra para o grupo de empresas de tecnologias afetadas pela economia enfraquecida nos EUA. Após o amplo crescimento do varejo eletrônico no começo da pandemia de Covid-19 em 2020, o setor está em fase de desaceleração.
Dados mostram que o número de colaboradores da gigante do e-commerce dobrou nos últimos anos. A força de trabalho geral — incluindo setores corporativo, tecnologia e logística — subiu de 798 mil colaboradores em 2019 para 1,6 milhão em 2021.
Apesar das recentes demissões, a Amazon afirmou que deve abrir 150 mil vagas temporárias para atender a alta demanda nos centros de distribuição do final do ano. Esse é o mesmo número de pessoas empregadas no ano passado.
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