Prestes a completar dois anos de lançamento, o Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado do Brasil, de acordo com levantamento divulgado hoje (14) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A tecnologia, que estreou no dia 16 de novembro de 2020, já foi usada por 141,4 milhões de brasileiros.
Desde a sua estreia, a ferramenta de pagamentos instantâneos criada pelo Banco Central do Brasil (BC) contabilizou 26 bilhões de transações, até o último dia 30 de setembro, passando a fazer parte do dia a dia dos usuários do sistema financeiro. No período, os valores transacionados foram de R$ 12,9 trilhões.
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A novidade mostrou sua força logo no primeiro mês de disponibilidade, quando ultrapassou as movimentações feitas com o Documento de Crédito (DOC). Outra ferramenta popular, a Transação Eletrônica Disponível (TED) ficou para trás em janeiro de 2021, enquanto os boletos foram ultrapassados em março do mesmo ano.
Transações com o Pix movimentaram R$ 1,02 trilhões em setembro, com tíquete médio de R$ 444.Fonte: Shutterstock
Conforme o relatório, a soma de todas essas opções de pagamentos foi superada em maio do ano passado pelo novo sistema. Já os cartões de débito foram ultrapassados em janeiro deste ano e os de crédito em fevereiro, quando o Pix se tornou o meio de pagamento mais utilizado do Brasil, como destacou a entidade.
Mais números
Outros dados disponíveis no levantamento indicam que 43% dos usuários do sistema de pagamentos instantâneos do BC estão na região Sudeste, seguida pelo Nordeste (26%), Sul (12%), Norte (10%) e Centro-Oeste (9,5%), com a maioria das pessoas tendo entre 20 e 39 anos (64%). As estatísticas são referentes às transações realizadas em setembro.
As chaves aleatórias são a maioria entre as 523,2 milhões de chaves do Pix cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais do BC, somando 213,9 milhões de registros. Em seguida, aparecem as que utilizam o CPF (114,2 milhões), celular (108,3 milhões) e e-mail (77,5 milhões).
Quanto à segurança do Pix, a Febraban informou que os bancos associados investem cerca de R$ 3 bilhões em cibersegurança por ano, com a finalidade de aprimorar as transações, prevenindo golpes e fraudes.