O empresário Sam Bankman-Fried, fundador e agora ex-CEO da corretora de criptomoedas FTX, está sob monitoramento após a empresa decretar falência e levantar suspeitas de fraude com possibilidade de desaparecer sem compensar os clientes.
Na última sexta-feira (12), parte da comunidade cripto que acompanhava o assunto suspeitou que Bankman-Fried voou para a Argentina em seu jatinho privado saindo das Bahamas — local onde atualmente reside e sede da FTX.
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JUST IN: The founder of #FTX, Sam Bankman-Fried just landed his private jet in Argentina.
— Mr. Whale ?? whalechart.org (@WhaleChart) November 12, 2022
Entretanto, questionado pela agência de notícias Reuters, o executivo negou a fuga. Na verdade, ele permanece no país caribenho e foi até interrogado pelas autoridades regulatórias locais, que apuram supostas irregularidades na gestão da companhia.
De qualquer forma, ele agora ficará "sob monitoramento" das autoridades, já que precisa responder sobre a situação da companhia.
Do auge à queda
A FTX é uma corretora de criptomoedas popularizada pela ascensão meteórica, virando um dos nomes mais relevantes do setor em menos de meia década. Entretanto, a sua derrocada foi igualmente rápida e inesperada.
A falta de liquidez, movimentações financeiras suspeitas e ter atrelado o token nativo da corretora a uma empresa do próprio grupo são alguns dos motivos que levaram a FTX ao estado atual.
A concorrente Binance chegou a fazer uma oferta de aquisição, mas desistiu na última semana após uma avaliação das contas da rival. Como resultado, a FTX declarou falência e o CEO deixou o cargo.
E agora?
Os questionamentos do governo das Bahamas envolvem o saque privilegiado da FTX para moradores locais — algo que beneficiaria o próprio Bankman-Fried e não foi autorizado ou sugerido pela fiscalização, que precisa autorizar esse tipo de movimentação para evitar privilégios ou tratamentos diferenciados a clientes.
A FTX também será investigada pela Securities and Exchange Commission (SEC) nos Estados Unidos. Bankman-Fried, que teve a fortuna avaliada em cerca de US$ 24 bilhões, agora encara os processos de bolsos quase vazios.
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