O empresário Elon Musk revelou para funcionários em uma reunião interna que o Twitter pode decretar falência no próximo ano. O novo dono da plataforma disse que a hipótese não está descartada após ser perguntado por um colaborador sobre as estimativas de ganhos da companhia.
De acordo com a Bloomberg News, o encontro do bilionário com os trabalhadores ocorreu ontem (10) em uma chamada por vídeo. Na mesma ocasião, ele sustentou que todos precisam trabalhar nos escritórios por 40 horas por semana.
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Segundo fontes que participaram do encontro, Musk disse que quem não quiser ir presencialmente pode apresentar a carta de demissão. Assim como fez na Tesla, o ricaço tem sido irredutível para que seus funcionários não atuem mais no modelo remoto.
A Reuters também revelou em reportagem que antes da reunião, o novo proprietário do Twitter enviou o primeiro comunicado geral. No e-mail, ele argumenta que o Twitter pode não “sobreviver à próxima crise econômica”, caso não aumente a receita com assinaturas para compensar a queda da receita com publicidades.
Demissões e saídas
A revelação sobre uma possível falência do Twitter veio em meio a mais uma série de saídas da rede social. Além da demissão em massa ocorrida logo após o início do “reinado” Musk, nesta semana vários executivos importantes deixaram a companhia.
É o caso da diretora de segurança da informação, Lea Kissner e de Yoel Roth, chefe de Confiança e Segurança. Roth está com o título de “ex-executivo do Twitter” em suas redes sociais, enquanto Kissner falou publicamente sobre o assunto.
“Tomei a difícil decisão de deixar o Twitter. Tive a oportunidade de trabalhar com pessoas incríveis e tenho muito orgulho das equipes de privacidade, segurança e TI e do trabalho que fizemos”, disse.
I've made the hard decision to leave Twitter. I've had the opportunity to work with amazing people and I'm so proud of the privacy, security, and IT teams and the work we've done.
— Lea Kissner (@LeaKissner) November 10, 2022
I'm looking forward to figuring out what's next, starting with my reviews for @USENIXSecurity ??
Começo tumultuado
O início da chefia de Elon Musk no Twitter está sendo bastante tumultuado e confuso. Depois de pagar US$ 44 bilhões (cerca de R$ 235 bilhões na cotação atual) pela rede, ele tem implementado várias mudanças repentinas, sendo que algumas não estão sendo bem aceitas.
Uma das principais apostas do empresário é o Twitter Blue, que é uma versão paga da rede social. A assinatura, que custa US$ 7,99/mês (R$ 42), oferece um selo de verificação ao usuário, mas não exige autenticação de identidade. Isso também tem gerado problemas, já que muitas pessoas estão assinando a versão e utilizando usuários fakes para se passar por outras contas.
Além de dar vida a perfis falsos satíricos, incluindo até Jesus Cristo verificado, o selo do Twitter Blue também foi utilizado para personificar grandes marcas, como a Nintendo. Por causa disso, o temor de que mais anunciantes deixem a plataforma acabou aumentando.
Fontes