O empresário Francisley Valdevino da Silva, também conhecido como “Sheik dos Bitcoins”, foi preso durante operação da Polícia Federal (PF) em Curitiba (PR), nesta quinta-feira (3). Ele é investigado por envolvimento em golpes com criptomoedas que movimentaram aproximadamente R$ 4 bilhões, fazendo vítimas no Brasil e no exterior.
De acordo com a PF, o homem teve a prisão preventiva decretada por descumprimento de medidas cautelares que haviam sido impostas pela Justiça Federal. Entre elas, estavam a proibição de continuar a administrar as empresas envolvidas nas fraudes e a prática de atos de gestão no interesse do seu grupo econômico.
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Enquanto respondia em liberdade, Silva estaria participando de reuniões com colaboradores na sua casa, na capital paranaense, conforme as investigações. A gerente financeira do grupo e o funcionário responsável pelo designer das plataformas utilizadas nas fraudes participavam desses encontros.
As fraudes com criptomoedas fizeram vítimas no Brasil e em outros países.Fonte: Shutterstock
A PF informou ainda que as reuniões frequentes entre o Sheik dos Bitcoins e o empregado que cuida dos sites são um indicativo de que “a organização criminosa continuava ativa e promovendo atos criminosos”. A investigação apurou que o grupo estava criando e vendendo sistemas virtuais para terceiros, possivelmente para a realização de práticas ilícitas semelhantes.
Famosos entre as vítimas
Contando com um grande número de empresas registradas em seu nome, o acusado se apresentava para os potenciais clientes como um profissional de vasta experiência na área de criptoativos. Para atrair mais vítimas, ele prometia ganhos acima do que normalmente é oferecido no mercado.
A possibilidade de altos rendimentos acabou seduzindo até mesmo alguns famosos. A modelo Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa, seria uma das vítimas do esquema liderado por Silva, tendo prejuízo de R$ 1,2 milhão, de acordo com as investigações.
O cantor Wesley Safadão é outra vítima do Sheik dos Bitcoins, tendo recebido um avião avaliado em R$ 37 milhões como garantia de pagamento, aeronave cuja posse está em disputa judicial com um grupo de pessoas que perderam dinheiro no golpe. Jogadores de futebol, que não tiveram os nomes revelados, também teriam sido alvos do esquema.
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