A produção de iPhones da Apple pode ter uma queda de até 30% na fábrica da Foxconn, em Zhengzhou na China, durante o mês de novembro. A instalação, que emprega atualmente cerca de 200 mil pessoas, teria sido impactada pelo descontentamento dos trabalhadores com as rígidas medidas adotadas pelo governo chinês para conter a disseminação da covid-19.
O movimento, divulgado na segunda-feira (31) pela Reuters, com base em informações de uma pessoa ligada ao assunto, foi motivado diretamente pela chamada "Covid zero", política de controle da doença determinada pelo presidente Xi Jiping. O protocolo determina que as fábricas em áreas afetadas podem permanecer abertas, desde que operem sob a forma de "circuito fechado", ou seja, com os empregados trabalhando e morando no local.
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Como se trata de um período particularmente sensível, que antecede as encomendas do Natal, a Foxconn garantiu estar aumentando a produção de sua outra fábrica – em Shenzhen – para compensar o déficit, segundo o informante da Reuters.
O que ocorreu com os trabalhadores da fábrica em Zhenzhou?
Tim Cook na fábrica da Foxconn. (Fonte: Apple/Reprodução.)Fonte: Apple
Embora a Foxconn monte iPhones em outros locais, como a Índia, é na fábrica chinesa de Zhengzhou que a fabricante taiwanesa concentra a maior parte de sua produção, que é responsável por 70% das entregas da Apple. Esta, por sua vez, é responsável por 45% da receita da empresa com sede em Taipé.
Depois que as autoridades sanitárias chinesas determinaram um lockdown em Zhengzhou no dia 19 de outubro, a administração da fábrica proibiu o jantar nas cantinas, determinando que as refeições deveriam ser feitas nos dormitórios. A medida causou grande frustração nos empregados que passaram a desabafar nas mídias sociais.
No domingo (31) à noite, imagens divulgadas mundialmente mostravam dezenas de pessoas pulando as cercas da fábrica e fugindo do local. A Foxconn não divulgou se algum trabalhador de Zhengzhou havia sido diagnosticado com covid-19.
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