Um bilionário pedindo doações não é algo que se vê todo dia, principalmente em uma rede social que ele está comprando por US$ 44 bilhões. Mas foi o que ocorreu na manhã de domingo (16) quando, respondendo a um tweet do executivo de uma fintech de tecnologia financeira, Elon Musk prometeu adicionar uma opção de doação à Starlink.
CEO e fundador da empresa Chipper Cash, Ham Serujogi afirmou no Twitter que, impressionado com a velocidade e a facilidade de configuração da internet da Starlink, estaria disposto a doar pacotes de serviços para escolas e hospitais de Uganda. Musk imediatamente “passou a sacolinha”: “Tem mais gente querendo doar Starlinks para lugares carentes?”, tuitou.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Coincidentemente, o suposto plano de doações para a Starlink ocorre três dias após a CNN divulgar outro pedido de ajuda do bilionário, este dirigido ao governo dos EUA, solicitando que o Pentágono financie seu fornecimento de internet à Ucrânia, porque a empresa não pode continuar assumindo essa despesa.
Are there others that want to donate Starlinks to places in need? https://t.co/M0ASMenMRD
— Elon Musk (@elonmusk) October 17, 2022
Internet da SpaceX na Ucrânia
Em resposta a um tweet que cita a reportagem da CNN, Elon Musk reiterou que considera “irracional” que a SpaceX continua pagando indefinidamente para manter a internet ucraniana funcionando após a invasão russa.
Na carta remetida ao Pentágono em setembro, a empresa estimou em US$ 120 milhões a manutenção da rede Starlink no país do leste europeu pelo resto deste ano, e mais US$ 400 milhões no próximo. No sábado (15), o bilionário parece ter se arrependido do que disse, e garantiu que continuará financiando a Starlink na Ucrânia. "Para o inferno com isso", publicou.
Projetada para fornecer sinal de internet em áreas remotas e de difícil acesso no planeta, a Starlink forneceu internet gratuita para o sudoeste da Flórida, após a tragédia do furacão, atendendo um pedido do governador Ron DeSantis. A empresa também subsidia um plano barato de internet na comunidade indígena de Pikangikum, no Canadá.
Fontes