No início da pandemia de covid-19, milhares de instituições de ensino brasileiras tiveram que implementar rapidamente soluções de rede voltadas à conectividade para viabilizar as aulas online.
Agora alguns serviços mais avançados começam a ser demandados, não apenas para as aulas híbridas — que tendem a se manter como opção permanente em muitos casos —, mas para a automatização de funções administrativas e a criação de serviços digitais para professores e alunos.
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A área de Robótica é uma das possibilidades de expansão no Ensino Brasileiro.
Um total de 40% das instituições de ensino superior usarão inteligência artificial e automação de processos robóticos (RPA) em atividades no campus até 2025 e 70% das escolas irão investir no fortalecimento da segurança cibernética e criptografia de dados no mesmo período.
Esses números são do estudo FutureScape — WorldWide Education Industry 2021 Predictions da IDC, que ouviu instituições de ensino de todo o mundo.
Quais são as soluções tecnológicas para as Instituições de Ensino?
É importante que os tomadores de decisão de TI das escolas e universidades brasileiras saibam que é possível criar uma estrutura de TI para unir a rede dos edifícios, data centers e home offices com gerenciamento a partir da nuvem.
- Confira também: Dados e criatividade: dá para conciliar?
Afinal, podemos usar inteligência artificial, big data e aprendizado de máquina aproveitando a automação, os sensores e a robótica de tecnologias emergentes na rede das instituições.
Podemos citar alguns exemplos de adoção de novas soluções e produtos tecnológicos que têm auxiliado instituições de ensino nos Estados Unidos e Europa a serem mais inovadoras, seguras e conectadas:
O rede como serviço (NaaS), em que o software e hardware de rede são consumidos como serviço, substitui o alto investimento inicial na compra desses produtos e permite a aceleração das iniciativas de transformação digital com a adoção de redes de última geração a um custo menor.
Outras soluções sendo implementadas incluem o Wi-Fi 6E, que oferece a maior velocidade atualmente disponível para rede sem fio; Internet das Coisas (IoT), que conecta os mais variados objetos cotidianos, como câmeras e microfones em salas de aula, além de catracas, portas e sensores, à rede e à Internet.
O Bring Your Own Device (BYOD), que viabiliza a conexão à rede a partir de dispositivos pessoais, como smartphones, tablets e notebook.
Controle de acesso, que permite a diferentes públicos, como professores, alunos, visitantes e fornecedores, acessar somente redes criadas especificamente para eles, personalizando a experiência do usuário e protegendo o tráfego das informações sensíveis.
E o gerenciamento de rede na nuvem, com inteligência artificial para operações de TI (AIOPs), escalabilidade virtualmente infinita e ferramentas de suporte automatizadas.
Com quanto tempo é possível perceber os benefícios dessas tecnologias?
Esse é um movimento ainda inicial. Foi apenas neste ano que foi criada a maior rede Wi-Fi 6E do mundo, com mais de 16 mil pontos de acesso instalados em 225 edifícios e áreas externas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, por exemplo. E se os casos de implementações americanos e europeus podem ser uma referência para o Brasil, o potencial é imenso.
Na Indiana University, o aumento da satisfação dos usuários com a redução dos problemas de login na rede foi de 35% usando ferramentas de controle de acesso. Na Central State University, em Ohio, os seguranças do campus acessam a imagem de qualquer câmera em tempo real a partir de seus celulares. A Chapman University, na Califórnia, aprimorou a experiência do usuário oferecendo BYOD para todos os alunos acessarem a rede pelos seus próprios dispositivos.
Tecnologia nas Instituições de Ensino brasileiras é uma realidade no pós-pandemia
Já a Cambridge University, no Reino Unido, tem cobertura Wi-Fi não apenas nos mil prédios do campus, mas em várias partes da cidade, como pubs e cafeterias; e na Hochschule Hannover University of Applied Sciences and Arts, na Alemanha, os 10 mil estudantes e dezenas de milhares de visitantes anuais criam facilmente, em seus celulares, rotas para percorrer o campus de 100 mil m² e chegarem aonde precisam chegar.
Quando pensamos em todas as necessidades tecnológicas das instituições de ensino brasileiras, elas não são tão diferentes: buscam integração, facilitação, acesso, economia e eficiência no ensino híbrido, havendo diversos benchmarkings a serem feitos com base em casos internacionais. Tudo com segurança de dados, atendendo à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
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Antenor Nogara é country manager da Aruba, uma empresa da Hewlett Packard Enterprise e líder global em soluções de rede seguras da borda à nuvem
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