Acostumado a disputar “cabeça a cabeça” a corrida pelo título de pessoa mais rica do mundo, o bilionário Mark Zuckerberg parece estar ficando para trás entre os bilionários. Estimativas divulgadas pelo Insider nesta terça-feira (20) mostram que o fundador do Facebook teve uma queda de US$ 70 bilhões (R$ 362 bilhões) em seu patrimônio líquido, sendo "apenas" o 20º mais rico do mundo agora.
Logicamente, pessoas que construíram suas fortunas impulsionadas pelos lucros muitas vezes estratosféricos de suas empresas são as primeiras a ser impactadas quando elas não vão bem. No caso de Mark, foi a Meta – dona do Facebook, Instagram, WhatsApp e Oculus – que não teve um desempenho satisfatório nos últimos 12 meses.
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O inferno da gigante de Menlo Park parece ter começado quando Mark Zuckerberg anunciou a histórica mudança do nome do Facebook no final de outubro do ano passado e disse que ele se tornaria uma empresa do “metaverso”. Logo, começou o declínio da rede social que, no último trimestre de 2021, perdeu cerca de um milhão de usuários por dia.
Fonte: Índice dos Bilionários da Bloomberg/Divulgação.Fonte: Índice dos Bilionários da Bloomberg
O negócio do metaverso
A situação piorou para o Facebook depois da ruidosa delação que ficou conhecida como Facebook Papers, na qual a denunciante Frances Haugen vazou informações internas da empresa. Entre outras revelações, a ex-colaboradora mostrou que os gestores sabiam que seu conteúdo contribuía para distúrbios alimentares e pensamentos suicidas em adolescentes.
No segundo semestre deste ano, o lucro líquido da Meta Platforms despencou 36% quando comparado ao mesmo período de 2021, uma perda de US$ 3 bilhões (R$ 16 bilhões).
A empresa e seu dono atribuíram o mau resultado aos pesados investimentos – cerca de US$ 10 bilhões – feitos no metaverso em 2021, o que representou cerca de 50% de suas despesas de capital. Zuckerberg defende a estratégia, e diz que empresas de sucesso devem investir pesadamente em pesquisa e desenvolvimento "para ajudar a impulsionar o mundo".
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