Empresa paga R$ 300 para quem comprou celular sem carregador

A venda de celulares sem o carregador na caixa tem sido motivo de muita discussão e multas para as grandes fabricantes de smartphones. Para adicionar um pouco de pressão, a startup Regera está oferecendo R$ 300 para clientes que não receberam carregadores na compra de seus smartphones Apple/Samsung e para quem foi afetado pelo Batterygate - caso em que a Apple lançou uma atualização para deixar iPhones antigos mais lentos.

O objetivo da Regera, fintech de compra de direitos creditórios padronizados, seria "defender direitos e obrigar grandes companhias a cumprirem a lei". A startup procura os consumidores mesmo que estes não tenham a intenção de abrir um processo contra Apple ou Samsung, por exemplo. São duas as suas propostas:

1. A Regera fica responsável por toda a parte burocrática e, quando a ação civil pública for julgada e o valor de indenização definito, fica com 30% do valor recebido. O consumidor fica com os outros 70%.
2. A Regera paga um valor antecipado ao consumidor (R$300) independente do resultado do julgamento. No entanto, se uma indenização for definida, a startup fica com 100% do valor pago pelas empresas.

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A empresa estima um valor total de R$ 3 mil em indenização caso a Justiça fique ao lado dos consumidores. Porém, o ganho de causa não é certo e pode demorar anos. Tratando-se do valor antecipado, Bruno Dollo, fundador da empresa, diz que “nesta quantia, estão precificadas variáveis como custo do dinheiro, tempo estimado até o julgamento, probabilidade de ganhar, probabilidade de ganhar e não receber, probabilidade de o negócio não dar certo”, entre outros pontos. Cerca de um terço dos clientes envolvidos nos casos dos carregadores e Batterygate decidiu esperar o resultado do julgamento.

Outro alvo principal da Regera é o Dieselgate. Nesse caso, a Volkswagen ganhou atenção mundial por fraudar os sensores de emissão de gases poluentes nas picapes Amarok.