Ethereum: 90% dos mineradores devem falir após fusão

Na sexta-feira (16), um dos mais conhecidos mineradores de Ethereum do mercado, Chandler Guo, foi à CoinDesk TV para defender a Ethereum PoW (ETHPOW), um fork (bifurcação) da segunda maior criptomoeda do mundo, e fez uma previsão sombria: segundo ele, 90% dos mineradores irão à falência.

O inferno dos mineradores de Ethereum (ETH) começou na madrugada de quinta-feira (15), quando a plataforma realizou a sua atualização “Merge” (Fusão em português). Com isso, o mecanismo que permite que a rede chegue ao consenso (aceite registros e transações) migrou de prova de trabalho (PoW na sigla em inglês) para prova de participação (PoS), mais veloz e ecologicamente correta.

Preocupados com a mudança, que aposentará milhares de computadores que validavam as transações na PoW, alguns mineradores, entre eles Guo, optaram por lançar um fork, mecanismo previsto no mercado cripto que prevê que, quando uma moeda digital sofre uma atualização que a torna incompatível com a versão anterior, uma nova variante pode ser criada.

Fonte: CoinDesk TV/Reprodução.Fonte:  CoinDesk TV 

O futuro dos mineradores de PoW

Embora traduzida ao pé da letra o termo "fork" signifique "garfo" em português, no contexto das criptomoedas isso quer dizer bifurcação. Ou seja, o código da criptomoeda é atualizado e passam a existir dois, um antigo e um novo.

Nesse caso, o token do fork Ethereum Merge para continuar minerando em prova de trabalho é o ETHPOW, enquanto o token antigo – o Ethereum Classic – é o ETC. Mas nenhum dos dois métodos, segundo Guo, será capaz de garantir a "sobrevivência" dos mineradores que utilizam a PoW. Para ele, só 10% irão permanecer.

Guo pode estar certo: a estreia do fork PoW do ether não funcionou como se previa: muitas pessoas tiveram problemas para se conectar aos servidores do blockchain e as tentativas de configurar carteiras falharam. Embora continue sendo um defensor do ETHPOW, o minerador classifica a estreia do fork como "medíocre".