O Nubank anunciou, nessa quinta-feira (15), que deixará de ter registro de companhia aberta no Brasil. Com isso, os investidores que tinham Brazilian Depositary Receipts (BDRs) nível 3 podem obter por vender seus títulos ou trocá-los por um papel equivalente. Isso se aplica, inclusive, para os clientes NuSócios.
Em dezembro de 2021, a fintech realizou a oferta inicial de ações (IPO) na bolsa de valores de Nova York (NYSE), mas se manteve registrada como companhia aberta no Brasil.
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Essa estratégia viabilizou a distribuição de 7,5 milhões de BDRs dentro do programa NuSócios e facilitou o acesso de brasileiros à abertura do capital. Cada BDR representa um sexto da ação listada no mercado norte-americano.
Os papéis do banco digital são representados na bolsa de valores brasileira (B3) via BDRs Nível III. Se aprovada a reestruturação, os BDRs passam por Nível I, destinados a companhias sem registro no Brasil.
O que fazer com os BDRs do Nubank?
Na prática, a mudança significa que o Nubank não terá mais preocupação com a dupla listagem no mercado dos Estados Unidos e do Brasil. Com isso, a fintech espera ter mais eficiência administrativa. A manobra é comum no mundo corporativo.
Ações do Nubank se concentrarão na bolsa de Nova York.
Mas para os investidores e clientes, não haverá prejuízo. Eles poderão optar por vender seus BDRs e receber em reais, convertê-los para a nova modalidade de investimento na proporção de um para um, ou receber ações listadas em Nova York.
Os clientes Nu que optaram por BDR, entretanto, terão de esperar até dezembro de 2022 para escolher o que fazer com o investimento. Isso porque a adesão ao programa, lançado em dezembro do ano passado, prevê um período de restrição de venda com duração de um ano a partir do IPO.
Apesar da baixa no registro no Brasil, todos os documentos para os investidores continuarão a ser divulgados em português. Nos próximos meses, caso aprovado pelos órgãos reguladores, o aplicativo do Nubank exibirá as opções.