Em um nicho cuja fronteira foi definitivamente aberta para o e-commerce durante a pandemia – o dos supermercados – o Mercado Livre assumiu a liderança com 17% das vendas, seguido de perto pela Amazon(16%) e, mais abaixo, Americanas e Magazine Luiza, ambas com 11%.
Os dados fazem parte da 2ª edição do Índice de Preferência do Consumidor (IPCon), pesquisa da consultoria britânica Dunnhumby cujos dados foram antecipados pela plataforma NeoFeed nesta semana. Feito em maio, o estudo apurou que 83% dos consumidores fizeram compras online nessa categoria no período e que o canal digital foi o preferido por 30% deles no segmento.
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Com fechamento das lojas físicas em alguns períodos e restrições à circulação dentro dos estabelecimentos, as tradicionais redes de supermercados viram muitos clientes migrarem para os cliques virtuais. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) o setor movimentou, em 2021, R$ 611,2 bilhões no Brasil.
A pandemia virou o jogo
Fonte: Amazon/Divulgação.Fonte: Amazon
Segundo a diretora de marketplace do Mercado Livre, Julia Rueff, o setor de supermercados é o maior segmento do varejo, representando 5% do PIB. Além disso, “tem uma recorrência de oito vezes por mês, muito diferente da média”, explica a executiva ao NeoFeed. Embora sua penetração seja baixa (2%), “a pandemia virou completamente esse jogo”, comemora.
Para se ter uma ideia da “goleada” que os marketplaces estão dando nesse jogo, basta observar que essas plataformas foram o canal escolhido para compra de alimentos por 19% dos consumidores, ao passo que os apps e sites próprios das redes físicas de supermercados registraram uma participação de 9%.
“A vantagem dos players digitais é que eles já são top of mind em itens de alto valor [como produtos de cama, mesa e banho, e eletrodomésticos], e têm experiência na gestão de operações e portfólio online”, explica o country head da Dunnhumby no Brasil, André Rocha. Mas precisam ganhar mais relevância em itens de compra recorrente, alerta.
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