O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) indeferiu a candidatura do Faraó do Bitcoin, como ficou conhecido Glaidson Acácio dos Santos, a deputado federal pela Democracia Cristã.
O deferimento da candidatura foi negado por unanimidade pelo Tribunal, uma vez que Santos é responsável por uma empresa financeira em processo de liquidação. Uma gravação aponta que o ex-garçom ganha mais de R$ 2 bilhões por hora.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
O candidato indeferido foi preso em agosto do ano passado na Operação Kryptos realizada pela Policia Federal, que cobria um esquema de pirâmide financeira. Santos e outros cúmplices são acusados de usarem a GAS Consultoria e Tecnologia, com sede em Cabo Frio (RJ), para aplicar golpes financeiros utilizando criptomoedas.
O relator do caso, o desembargador Luiz Paulo da Silva Araújo Filho, lembrou que o Faraó Bitcoin é acusado de crimes federais que têm relações com a milícia e que deve ser considerada “a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato”
Glaidson permanece preso, de forma preventiva, no Complexo Penitenciário de Genicinó, na Zona Oeste da capital fluminense. A defesa de Santos argumentava que a sua candidatura não poderia ser impedida pela Lei da Ficha Limpa, já que ainda não há condenação transita e julgada.
Acusações contra o Faraó do Bitcoin
Fonte: (Fonte:TSE/Reprodução)
Santos prometia investimentos em moedas digitais com o retorno de até 15% do valor aplicado. No entanto, o mercado de criptomoedas é volátil e as opções com tokens de renda fixa são reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A acusação apresentada pela Justiça do Rio inclui estelionato, formação de quadrilha e tentativa de homicídio. Fora da esfera criminal, Santos e a GAS Consultoria acumulam quase 600 processos civis de vítimas que pedem o cancelamento de contrato, devolução de recursos investidos e danos morais.
Categorias