O Procon do Rio de Janeiro notificou a Uber no último final de semana por cobrar taxas extras, no Rock in Rio, sem avisar previamente os clientes. Os fiscais da entidade de defesa ao consumidor verificaram que o app tinha uma “Cobrança extra de evento especial da Uber”, no valor de R$ 36,90, e uma “Cobrança extra da Uber por local”, no valor de mais R$ 8.
A Uber montou perto do festival de músicas um espaço que estava servindo para embarque e desembarque de passageiros. O ponto estava funcionando no Riocentro, localizado a cerca de 1 km do Parque Olímpico, onde aconteceu o evento.
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Contudo, segundo o Procon-RJ, os preços adicionais estavam sendo cobrados até mesmo de pessoas que não estavam pedindo corridas com pontos de partida e chegada que não tinham a ver com o Rock in Rio.
Os fiscais da instituição notaram que clientes que pediram corridas a partir da Rua José Augusto Rodrigues com destino para Ipanema, também distante do Espaço Uber, tiveram que pagar as taxas.
Além das duas questões, sobre as taxas não informadas previamente e as cobranças até para quem não estava indo ou voltando do festival, o Procon-RJ questionou a Uber sobre:
- Quais cobranças estavam sendo aplicadas ao consumidor no período de realização do Rock in Rio 2022;
- Quais os valores praticados e as localidades;
- Quais os termos e condições para a aplicação de cobranças extraordinárias ao consumidor;
- Como o consumidor era informado sobre a cobrança;
- Qual a justificativa para a implantação da “Cobrança extra de evento especial da Uber” e da “Cobrança extra da Uber por local”;
- Se há aplicação de taxas de cobrança extra em outros eventos.
Outro lado
O TecMundo questionou a Uber sobre o caso e, por meio de nota, a empresa informou ter prestado os esclarecimentos ao Procon Carioca dentro do prazo estabelecido (que era de 24 horas).
O aplicativo ainda explicou que o preço de uma viagem intermediada pela plataforma é calculado “segundo uma série de fatores, sendo sempre exibido ao usuário antes da solicitação da viagem. Entram no cálculo itens como o preço mínimo, valores baseados na estimativa de tempo e de distância, eventuais cobranças como pedágios ou taxas de regulação municipal, entre outros”.
Sobre os valores cobrados de quem aproveitou o Rock in Rio, a companhia argumentou que “em eventos de grande porte como festivais de música ou eventos esportivos, taxas extras são aplicadas no intuito de tornar possível financiar a operação dos pontos de embarque/desembarque, além de eventuais repasses extras para os motoristas parceiros que se deslocam até o local, de forma que a demanda do evento seja propriamente atendida”.
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Fontes
