Ainda sem um CEO efetivo, a plataforma de mensagens instantâneas Signal acaba de nomear para o recém-criado cargo de presidente uma das maiores críticas do Google: Meredith Whittaker. Conhecida no universo das Big Techs como organizadora da famosa greve dos funcionários da gigante de Mountain View em 2018, Meredith é cofundadora do respeitado AI Now Institute.
A própria professora de pesquisa fez o anúncio oficial no Blog da Signal, no qual explicou o papel estratégico do seu cargo dentro da organização: orientar as lideranças na busca por uma sustentabilidade no longo prazo, que ela define como “construir uma longa raiz principal para que possa crescer e prosperar em climas dinâmicos”.
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Depois de deixar o Google em 2019, alegando ter sofrido retaliações não apenas na greve, mas também na sua defesa intransigente de uma inteligência artificial ética, Whittaker foi contratada como consultora sênior sobre o assunto, pela Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC).
O que esperar de Meredith Whittaker na Signal?
Fonte: Google Play/Divulgação.Fonte: Google Play
Whittaker chega à Signal em um momento particularmente turbulento da empresa, que viu seu CEO Moxie Marlinspike renunciar no início do ano, aparentemente por não concordar com a incorporação de pagamentos com criptomoedas à plataforma. Ainda sem um comandante fixo, a própria sustentabilidade da empresa é questionada por analistas.
Embora forneça o protocolo criptográfico de código aberto para mensagens criptografadas de ponta a ponta ao WhatsApp desde 2016, o app tem apenas 40 milhões de usuários. Embora significativo, o número nem de longe se compara aos cerca de 2 bilhões de usuários da plataforma da Meta.
Os funcionários da Signal já foram informados no ano passado que, para sobreviver, a Signal teria que atingir a marca de pelo menos 100 milhões de usuários. Em entrevista ao The Washington Post, Whittaker defendeu a ideia de que mais usuários paguem pelo aplicativo.
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