O financiamento imobiliário é um dos modelos de empréstimo mais comuns no Brasil. Por aqui, a modalidade pode ser feita de diferentes formas, sendo a Tabela Price e o Sistema de Amortização constante as principais entre elas, recomendadas conforme a necessidade de cada consumidor.
Entretanto, as diferenças entre cada modalidade podem não ser tão claras para todos os investidores — principalmente para os "marinheiros de primeira viagem". Buscando descomplicar a decisão, o TecMundo elaborou uma matéria especial com todos os detalhes sobre os modelos de financiamento. Confira abaixo!
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Parcela: amortização, juros e taxas
Antes de começar, vale relembrar e esclarecer os componentes mais comuns nas parcelas de um financiamento — já que, na prática, são eles que mudam conforme a modalidade escolhida. O mais importante deles é a parte chamada "amortização", que se refere à quantia destinada ao pagamento do saldo devedor real, isto é, livre de outros encargos.
Os juros, já familiares para os consumidores, são os valores cobrados pelos bancos e operadores pela conveniência do empréstimo e suas formas de pagamento. Em adição, essas entidades também podem exigir taxas no fechamento de um contrato — como coberturas de seguro e afins.
Com esses conceitos estabelecidos, veja como as parcelas funcionam em casa modalidade!
Como funciona o SAC?
Tratando-se da alternativa de financiamento habitacional mais popular no Brasil, o Sistema de Amortização Constante (SAC) trabalha com parcelas de preço decrescente. Em sua composição, as mensalidades possuem um valor de amortização fixo, com as taxas de juros e outros encargos diminuindo ao longo dos pagamentos.
No Sistema de Amortização Constante, as parcelas mensais têm preço decrescente. (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Além disso, a modalidade também oferece um menor montante de juros ao fim das prestações, bem como a amortização mais acelerada do saldo devedor real. Entretanto, a conveniência das vantagens se reflete em valores iniciais de prestação mais altos dos que os encontrados na Tabela Price.
Como funciona a Tabela Price?
Geralmente utilizada para o financiamento de veículos, a Tabela Price é a modalidade mais previsível de investimento. Nela, o valor de todas as mensalidades é sempre o mesmo, mas sua composição é um pouco diferente: enquanto o valor da amortização é muito mais baixo que os juros cobrados durante a primeira parcela, a situação se inverte proporcionalmente na última.
A Tabela Price é mais utilizada para financiamentos curtos, como os de veículos. (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Embora haja certa estabilidade no valor das parcelas, vale ressaltar que esse efeito resulta em um montante de juros muito mais altos que os encontrados na modalidade SAC. Similarmente, a amortização do saldo devedor real é mais lenta.
E, então, qual é a melhor modalidade de financiamento?
Economicamente falando, a modalidade SAC é a melhor forma de financiamento, já que evita juros e possui a vantagem das parcelas com preço decrescente. No entanto, é importante ressaltar que a decisão nem sempre cabe ao consumidor, variando conforme as propostas oferecidas pelos bancos e pelas operadoras de crédito, junto da renda mensal declarada.
Caso seja possível escolher, vale considerar o planejamento financeiro para o futuro antes de tomar a decisão. Para os investidores que preveem aumento de renda mensal ou desejam financiamentos mais curtos, a modalidade da Tabela Price pode ser mais adequada.
Para os que não esperam um aumento significativo de renda ou preferem prazos maiores de financiamento, o Sistema de Amortização Constante é o mais recomendado.
O Sistema de Amortização Constante é o mais popular para financiamentos imobiliários. (Fonte: Shutterstock)Fonte: Shutterstock
Em ambos os casos, os investidores podem se organizar para quitar a dívida ainda mais rápido. As abordagens mais efetivas no mercado nacional foram explicadas e simuladas em uma matéria especial do TecMundo, confira clicando aqui!