A Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) finalizaram estudos sobre a segurança dos códigos-fonte do sistema eletrônico de votação e do modelo UE2020 da urna eletrônica. Os relatórios foram entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disponibilizados publicamente.
As instituições foram unânimes: o novo modelo da urna é completamente seguro. Ele será usado pela primeira vez nas Eleições 2022, que têm o primeiro turno marcado para o dia 2 de outubro, com a escolha de presidente, governadores, senadores e deputados estaduais e federais.
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Urna eletrônica
Os testes do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EP-USP) expuseram a urna aos mesmos ataques realizados em análises anteriores. O modelo segue com proteções das versões mais antigas.
Novo modelo da urna eletrônica, a UE2020.Fonte: TSE
A urna eletrônica conta com um hardware de segurança, impossibilitando a alteração do destino e integridade da votação. Os especialistas do laboratório acrescentaram que o software é maduro, do ponto de vista da segurança. Ele aplica técnicas de criptografia e assinatura digital corretamente.
Códigos-fonte
Os códigos-fonte foram testados pelo Centro de Informática da UFPE e do Instituto de Computação da Unicamp. Nenhum problema no funcionamento dos softwares analisados, muito menos falhas, foi encontrado. A UFPE sugeriu, apenas, a padronização no código-fonte e eventual geração automática de testes.
“Nada foi encontrado que possa colocar em dúvida a integridade e a confiabilidade do código-fonte da urna eletrônica brasileira nos aspectos que compõem o objeto do presente trabalho”, disse o professor Ricardo Dahab, diretor-geral de Tecnologia da Informação e Comunicação da Unicamp.
O trabalho em conjunto com as universidades foi destacado por Rodrigo Coimbra, chefe da Seção de Voto Informatizado do TSE. “Essa parceria permite que os códigos-fonte sejam armazenados em instituições idôneas fora do TSE, como uma salvaguarda do que será utilizado nas eleições. E também permite que testes e aprimoramentos sejam realizados num período de tempo bem mais longo.”
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