Depois da primeira semana de sabatinas no Jornal Nacional, os candidatos à presidência da República mais bem colocados nas pesquisas fizeram o primeiro debate no último domingo (28) para as Eleições 2022. Frente a frente, eles puderam confrontar suas ideias para o país caso sejam eleitos.
Apesar das discussões e a importância de se conhecer um pouco mais os postulantes ao cargo máximo do Executivo, nem todas as propostas dos presidenciáveis foram divulgadas no debate. Para sanar essa lacuna, os candidatos formalizam o chamado Plano de Governo, que pode ser visto integralmente na internet.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
O TecMundo preparou essa matéria especial para explicar um pouco sobre o assunto e para mostrar o plano de governo de cada candidato concorrendo ao cargo de presidente nas Eleições 2022.
Para que serve um Plano de Governo?
Um Programa de Governo, como também é chamado, é um documento entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No arquivo, os políticos elucidam e mostram as minúcias das ações que serão executadas em caso de vitória no pleito. Desde 2009, os partidos precisam enviar a proposta obrigatoriamente ao TSE, de acordo com a Lei 9.504/97.
Apesar da obrigatoriedade, não há especificação de formato e tamanho. Por causa disso, cada candidato formaliza seu plano de acordo com as próprias convicções e estilo.
É importante que a população tenha acesso ao programa de governo porque o documento mostra a ideologia, ações estratégicas que serão executadas, pautas prioritárias e planejamento estratégico de cada presidenciável.
Lembrando que o primeiro turno das Eleições 2022 (que também terá votação para governador, deputado estadual ou distrital, senador e deputado federal) será realizado em 2 de outubro. O eventual segundo turno está marcado para 30 de outubro.
Plano de governo dos candidatos ao cargo de presidente
Confira, a seguir, os Planos de Governo de Ciro Gomes (PDT), Felipe D’Avila (Novo), Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), que são os candidatos com melhor colocação nas pesquisas, elencados em ordem alfabética.
Ciro Gomes
O Plano de Governo de Ciro Gomes tem 26 páginas e começa fazendo uma análise sobre a situação atual do país. A equipe do candidato diz que o Brasil “vive um dos momentos mais graves de sua história” e cita “ameaças constantes à democracia” e a “economia absolutamente estagnada que está fazendo com que a fome e a miséria voltem a ser um problema crônico”.
Falando ainda sobre o desemprego, o arquivo coloca como pilar que o país precisa de um novo “Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND)”. Nas diretrizes, o PND propõe ações como: investir em ciência e desenvolvimento tecnológico; aumentar a quantidade e a qualidade dos empregos; reduzir a pobreza e as desigualdades sociais; oferecer mais segurança visando reduzir os índices de criminalidade e promover uma “revolução na educação pública”.
Confira o Plano de Governo completo de Ciro Gomes.
Felipe D’Avila
O Plano de Governo de Felipe D’Avila tem 36 páginas e se chama “Um Novo Brasil para Todos”. Em seu início, o documento destaca que o país é quem “melhor pode aproveitar a mudança da economia global para gerar crescimento, trabalho, prosperidade e bem-estar para todos”.
Salientando que a economia brasileira precisa voltar a crescer e que é preciso gerar empregos e reduzir a pobreza, o guia do candidato do partido Novo está ancorado em 10 metas: Brasil Carbono Zero; Brasil Competitivo; Brasil para Todos; Brasil sem Fome; Brasil com Mais Educação; Brasil com Saúde; Brasil Seguro; Brasil Respeitado; Brasil Dinâmico e Brasil Respeitável.
Confira o Plano de Governo completo de Felipe D’Avila.
Jair Bolsonaro
O Plano de Governo de Jair Bolsonaro tem 48 páginas. Lutando pela reeleição, o documento do candidato defende a própria gestão e diz que “antes do governo Bolsonaro, o modelo de gestão implantado no brasil favoreceu a proliferação da pobreza, ao mesmo tempo em que impediu a implementação de um desenvolvimento econômico seguro, próspero e sustentável a longo prazo”.
Basicamente, o plano é dividido em 4 pilares, tendo cada um seus subtemas próprios: Valores e princípios centrais do plano de governo (liberdade econômica, de expressão e outras); Fundamentação estratégica; Plano de Governo (economia, saúde, educação, social e outros) e Conclusão.
Confira o Plano de Governo completo de Jair Bolsonaro.
Lula
O Plano de Governo de Lula tem 21 páginas e se chama “Programa de reconstrução e transformação do Brasil”. O documento elenca compromissos em cenário de vitória do petista, como o comprometimento de “resgatar a esperança na reconstrução e na transformação de um país devastado por um processo de destruição que nos trouxe de volta a fome, o desemprego, a inflação, o endividamento e o desalento das famílias”.
Em mais de 100 pontos, o programa elenca como prioridade questões como “Desenvolvimento social e garantia de direitos”, “Desenvolvimento econômico e sustentabilidade socioambiental e climática” e “Defesa da democracia e reconstrução do estado e da soberania”.
Confira o Plano de Governo completo de Lula.
Simone Tebet
O Plano de Governo de Simone Tebet tem 48 páginas e cita, em sua introdução, que a “vida das brasileiras e dos brasileiros está muito difícil” porque a “democracia está sob ataque, as instituições estão fragilizadas, a economia não avança”. O documento lembra os mais de 10 milhões de desempregados, inflação e diz que é preciso de uma “reconstrução ampla e abrangente”.
A candidata baseia sua atuação concreta e ações específicas em 4 eixos principais: Justiça social, cidadania e combate a desigualdades; Economia verde e desenvolvimento sustentável; Governo parceiro da iniciativa privada e Governo inclusivo, seguro e transparente.
Confira o Plano de Governo completo de Simone Tebet.
Soraya Thronicke
O Plano de Governo de Soraya Thronicke tem 73 páginas e começa dizendo que a situação política e gerencial do país é “muito difícil”. A equipe da candidata defende que o Brasil tem tentativas de aperfeiçoar a estrutura executiva desde a democratização, mas que até agora “não foi possível implementar um projeto de nação com foco no desenvolvimento nacional”.
Para corrigir a questão, o programa foca ações específicas em vários temas como Economia (implantar o Imposto Único Federal, por exemplo); Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (Implantar um sistema nacional de avaliação do desempenho dos professores); Saúde (investir no aprimoramento e universalização dos serviços do SUS); Assistência Social (Ampliar o número de creches) e Desenvolvimento Ambiental Sustentável (garantir acesso à informação ambiental).
Fontes
Categorias