O Bitcoin iniciou a semana valendo menos de US$ 20 mil (R$ 100,8 mil pela cotação do dia), na manhã desta segunda-feira (29), menor valor registrado desde meados de julho. A queda acontece em meio ao compromisso do Federal Reserve (FED) de conter a alta da inflação nos Estados Unidos.
No começo do dia, a moeda digital chegou a estar cotada em US$ 19.526 (R$ 98,4 mil), uma queda de 5% em relação à sexta-feira (26). O preço já havia caído 3% nos últimos sete dias, acumulando três semanas seguidas em declínio.
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A redução no preço do Bitcoin ao longo de 2022, junto com outros ativos digitais, tem coincidido com a elevação da taxa de juros do Banco Central dos EUA. Foram quatro aumentos desde janeiro e a previsão é de que isso ocorra mais vezes até o fim do ano, possivelmente resultando em mais perdas nos criptoativos.
O declínio das criptomoedas tem preocupado os investidores.Fonte: Shutterstock
Segundo o analista sênior de mercado Edward Moya, a moeda digital começou a enfraquecer após o presidente do FED, Jerome Powell, apertar o cerco contra a inflação. “Ativos arriscados estão lutando, pois a luta de Powell contra a inflação continuará agressiva, mesmo que desencadeie uma desaceleração econômica”, disse ele à CNBC.
Mercado problemático
O mercado de criptomoedas tem sido bastante impactado por uma série de problemas nos últimos meses, além das mudanças feitas pela entidade monetária americana. Um dos principais foi o colapso do token Terra (Luna), que desencadeou eventos como a falência da plataforma de empréstimos Celsius.
A sucessiva desvalorização também chama a atenção, com o bitcoin tendo perdido mais de 50% este ano, após bater seu preço histórico em novembro de 2021. Mais tokens digitais têm sofrido, como é o caso do Ethereum, que iniciou a semana valendo US$ 1.423 (R$ 7,1 mil), sua cotação mais baixa em 30 dias.
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