As iniciativas de desenvolvimento sustentável e social já existem (ou pelo menos, deveriam) dentro das empresas há muitos anos, porém apenas recentemente a sigla para environmental, social, and corporate governance (ESG) tem ganhado força e reconhecimento no mercado. A cada ano vemos o surgimento de mais congressos, discussões e vagas em departamentos dedicados ao assunto e os números comprovam isso.
Segundo dados do estudo Sustentabilidade na Agenda das Lideranças da América Latina, promovida pela SAP e reunindo entrevistas com 410 líderes regionais, 69% de altos executivos de médias e grandes empresas na Argentina, no Brasil, na Colômbia e no México disseram já ter uma estratégia de sustentabilidade em suas respectivas organizações. Esse número mostra um crescimento em relação aos 46% registrados em 2021.
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E a tendência é aumentar. O mesmo estudo revelou, por exemplo, que 30% dos entrevistados acrescentaram pilares relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) nos últimos 12 meses, e 40% esperam aumentar os investimentos em sustentabilidade em 2022 em relação a 2021.
Isso é algo importante, tendo em vista a necessidade de lidarmos com problemas como o aquecimento global, a desigualdade social, a desigualdade de gênero, inflação e uma série de questões que afetam pessoas no mundo, além de desgastar o próprio planeta em que vivemos. Por muito tempo, esses temas eram negligenciados tanto pelas pessoas quanto pelas corporações, mas esse tipo de pensamento está mudando e cada vez mais surgem novas formas de contribuir.
Precisamos promover discussões sobre como podemos fazer mais, fazer melhor, para o planeta e para os que vivem nele. E não tem como fazermos isso sozinhos.
Entretanto, a expectativa de união para mudança é forte. Segundo dados da Deloitte, que compara os períodos de janeiro e fevereiro de 2021 e setembro e outubro do mesmo ano, 83% dos executivos brasileiros acreditam que o mundo está em um ponto de virada e precisamos tomar providências urgentes para evitar o pior. Oito meses antes, essa preocupação só alcançava 68% dos líderes.
As empresas precisam de ações e projetos internos e externos que ajudem a devolver para o meio ambiente. Foi com isso em mente que a Intel, por exemplo, criou as suas metas 2030, marcando uma nova era de responsabilidade corporativa compartilhada. Entre os desafios abraçados pelo projeto, a empresa quer engajar indústrias, governos e comunidades para revolucionar a saúde e a segurança com tecnologia, alcançar computação neutra em carbono e enfrentar mudanças climáticas, além de tornar a tecnologia totalmente inclusiva e expandir a prontidão digital.
A sigla ESG tem ganhado força no mercado.Fonte: Gettyimages
E não é só a Intel que vê a importância de juntar forças para trabalharmos no futuro do planeta. Este ano, a Intel em parceria com a Dell Technologies e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), criaram o Solar Community Hub, na comunidade Boa Esperança, que fica a 345 km de Manaus. O Solar Hub é movido totalmente por meio de energia solar, fornecendo acesso à internet, tecnologia e serviços que beneficiam os residentes da comunidade Boa Esperança, além de outras comunidades ribeirinhas e das etnias indígenas Mura, Tenharim e Apurinã.
O trabalho feito com o Solar Community Hub vai muito além de só oferecer internet para a população. O projeto engloba, também, atendimento de saúde por meio de telemedicina, monitoramento ambiental, acesso a habilidades de alfabetização digital e treinamento para jovens e adultos. Ou seja, são projetos assim que reforçam a missão de criar tecnologias que melhorem a vida das pessoas no planeta.
O projeto está oferecendo alfabetização digital, treinamento de gestão de negócios e atenção à saúde para os moradores por meio da conexão de telessaúde, formação de agentes comunitários de saúde, bem como monitoramento dos casos de covid-19. E um fato importante é que tudo está sendo feito com o cuidado de alinhar essas iniciativas com as necessidades culturais e de aprendizagem locais, além de considerar as fontes locais e renda.
Esse cuidado em preservar a cultura e as particularidades da região ganha um significado maior com o Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado no mês de agosto. Os povos indígenas estão presentes nas cinco regiões do Brasil, mas a Região Norte concentra o maior número de indivíduos, aproximadamente 37,4% do total, sendo o Amazonas o estado com o maior número de indígenas, 55% do total, segundo dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Iniciativas como essa parceria entre a Intel, a Dell e a FAS são como podemos construir um futuro melhor, juntos. Ao unir as nossas diferentes expertises, conseguimos atingir mais pessoas e causar um impacto maior para as pessoas e o planeta. Por isso, toda vez que perguntarem por que estamos falando tanto de ESG: mostre este texto ou responda “precisamos salvar o meio ambiente para podermos nos salvar”.
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