A Intel vai encerrar a divisão de memórias Optane, decisão que afeta a disponibilidade de todos os produtos associados ao negócio. O assunto veio à tona durante a conferência de divulgação do relatório financeiro da companhia referente ao segundo trimestre de 2022, na quinta-feira (28).
No relatório, que apresentou lucro abaixo do esperado pela big tech para o período, havia uma breve citação ao fim do negócio Optane. Sem trazer maiores detalhes, o documento indicava que a decisão tomada resultará em prejuízo de aproximadamente US$ 559 milhões (R$ 2,8 bilhões pela cotação de hoje), em relação ao estoque existente.
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Posteriormente, a fabricante de processadores esclareceu ter optado por fechar a divisão de memórias Optane após avaliar negócios que "não são suficientemente lucrativos ou não são essenciais” para os seus objetivos estratégicos. Ou seja, os produtos baseados nesta linha, lançada em 2015, aparentemente não alcançaram o sucesso planejado.
A linha Optane foi lançada em 2015 trazendo vários avanços.Fonte: Intel/Divulgação
“Após uma análise cuidadosa, a Intel planeja interromper o desenvolvimento de produtos futuros em seu negócio Optane. Estamos comprometidos em apoiar os clientes da Optane durante a transição”, indicou um porta-voz da corporação, em comunicado divulgado à imprensa.
Tecnologia prometia vários benefícios
Desenvolvida a partir de uma parceria entre a Intel e a Micron, as memórias Optane chegaram ao mercado há sete anos. Também conhecida como 3D XPoint, a tecnologia prometia revolucionar o universo da informática, resultando em produtos de alta velocidade e resistência.
A solução foi usada, por exemplo, na linha Optane Persistent Memory, voltada a servidores e aplicações que lidam com volumes de dados enormes, além de aparecer em SSDs de alto desempenho para o mercado corporativo e também como memória cache para computadores domésticos. Porém, os custos elevados em comparação com as memórias flash convencionais dificultaram a popularização.
Curiosamente, este é o sexto negócio não essencial encerrado ou vendido pela gigante da tecnologia desde a chegada do atual CEO, Pat Gelsinger, no início do ano passado. Entre eles, vale destacar as vendas da divisão de drones e do setor de memórias SSD, que juntas geraram mais de US$ 1,5 bilhão aos cofres da Intel, quantia reinvestida em outras áreas.
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