O São Paulo se tornou o primeiro time de futebol do Brasil a usar criptomoedas para contratar um jogador. A tecnologia foi utilizada na transação envolvendo a chegada do meio-campista Giuliano Galoppo, anunciado como novo reforço da equipe do Morumbi na terça-feira (26).
Para trazer o ex-jogador do Banfield, da Argentina, o Tricolor precisa desembolsar US$ 4 milhões, o equivalente a mais de R$ 21 milhões. Além disso, há o pagamento de taxas e comissões, fazendo o custo total da operação subir para US$ 6 milhões (R$ 31,5 milhões), de acordo com o GE.
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Com uma dívida que beira os R$ 700 milhões, conforme o balanço financeiro mais recente, o São Paulo resolveu inovar para contratar a revelação argentina e reforçar a equipe, que segue na disputa da Copa do Brasil, da Copa Sulamericana e do Brasileirão. Por meio da ajuda de parceiros, o time finalizou o negócio com moedas digitais.
Os salários de Galoppo serão pagos em moeda convencional e não em criptoativos.Fonte: Rubens Chiri/Saopaulofc.net
Segundo o Portal do Bitcoin, o criptoativo escolhido para a transação entre brasileiros e argentinos foi o USD Coin (USDC), uma stablecoin pareada com o dólar. Pela cotação do dia, 1 USDC está valendo hoje o equivalente a R$ 5,27.
Bitso vai intermediar a transação
Uma das patrocinadoras da equipe brasileira, a Bitso será a responsável por intermediar a contratação de Galoppo pelo São Paulo. Utilizando a sua conta na plataforma de negociação de criptomoedas, o time paulista vai comprar a quantidade de moedas digitais necessária para firmar o acordo.
O Banfield, por sua vez, precisará abrir uma conta na Bitso da Argentina, por meio da qual receberá o pagamento em criptomoeda. O pagamento, no entanto, não será feito à vista, acontecendo de forma parcelada — os valores de cada parcela não foram revelados pelos clubes.
Apesar de inédita no mercado brasileiro, esse tipo de negociação, envolvendo o uso de criptoativos em transações de futebol, tem sido cada vez mais comum na Europa. No ano passado, o Paris Saint-Germain utilizou sua moeda digital própria (PSG Fan Token) como parte do pagamento da contratação de Lionel Messi, que na época jogava pelo Barcelona.
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