A Shopee é uma das plataformas de comércio eletrônico mais populares do mundo. De acordo com uma pesquisa recente da Panorama Mobile Time/Opinion Box, ela é a líder quando falamos de compra e venda através de smartphones e tablets no Brasil, ficou em segundo lugar pela média mensal de usuários ativos e foi o aplicativo mais baixado globalmente na categoria “shopping” em 2021. No entanto, nem todo mundo sabe de onde e veio e quem criou a Shopee.
O e-commerce é responsabilidade da Sea Ltd., organização que trabalha atualmente em três segmentos: gaming com a Garena, fintech com o Sea Money e, claro, compras online com a Shopee. Ela é uma empresa fundada em 2009, com sede em Cingapura, que começou seus trabalhos com software de lanhouses. Algum tempo depois, ela ganhou o apelido de "Tencent do Sudeste Asiático" por distribuir os títulos da gigante dos games na região.
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A Sea atua principalmente em países como Indonésia, Vietnã, Filipinas, Malásia e Taiwan. A Shoppe foi lançada em 2015 e, de acordo com sua página oficial, é a plataforma líder de comércio eletrônico no Sudeste Asiático.
Logo da Sea Ltd. (Sea Ltd.)Fonte: Sea Ltd.
Outro ponto bastante importante na história da empresa é o lançamento do seu primeiro jogo mobile, que muitos devem conhecer no Brasil: Free Fire. O game conquistou cerca de 80 milhões de usuários ativos diariamente em mais de 130 mercados, além de alcançar 1 bilhão de downloads na Google Play.
Destaque na Bolsa de Nova York
Entre 2019 e 2020, a Sea chamou muita atenção por se tornar a player de grande capitalização com melhor desempenho do mundo. Ela entrou na Bolsa de Nova York em 2017, com apoio da Tencent, e teve um primeiro ano difícil. Mas pouco tempo depois os valores subiram de forma astronômica, superando seus concorrentes.
Foram mais de 880% num período de 18 meses. Sua receita saltou 163% em 2019, para US$ 2,2 bilhões, e na mesma época seu valor de mercado aumentou para US$ 65 bilhões, superando o DBS Group Holdings Ltd. e o PT Bank Central Asia. As ações saltaram 979% entre janeiro de 2019 e julho de 2020, passando de US$ 11,12 para US$ 122,20.
De acordo com o seu CEO, Forrest Li, a pandemia, que recém começava, aumentou a demanda por jogos de celular e por sua plataforma de compras online na época. De acordo com levantamento do Relatório E-commerce no Brasil, da agência Conversion, o negócio de varejo online da Sea cresceu 1954% entre março de 2020 e março de 2021.
Crédito de imagem: Shutterstock.Fonte: Shutterstock
É curioso comentar que, de acordo com publicação do Estadão em 2021, a Sea ainda não teve lucro líquido nos últimos anos, e o EBITDA do seu e-commerce (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também está negativo. Porém, as perspectivas são positivas, já que especialistas apostam na área de entretenimento e compras online para fortalecer a Sea.
Ana Paula Tozzi, CEO da AGR, empresa de consultoria e gestão empresarial, diz: “Acreditamos que a Shopee está no caminho de busca de lucratividade e temos convicção de que esse é um modelo que veio para ficar. Claro que é mais fácil ser cético por conta do salto nos papéis, mas a aposta é que o valor da varejista será positivo. Não é uma ação óbvia, é uma ação de longo prazo”.
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