Um ex-gerente da Coinbase, junto com seu irmão e um amigo, foram acusados de conspiração e fraude eletrônica. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI alegam que os três realizaram um esquema de negociação de US$ 1,5 milhão usando informações confidenciais da casa de câmbio digital.
O trio está sendo acusado de fraude em conexão com o primeiro esquema de negociação privilegiada de criptomoedas nos EUA, e a Comissão de Valores Mobiliários do país apresentou uma queixa separada por abuso de informações privilegiadas.
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Eles teriam baseado seus planos em criptoativos que ainda seriam listados nas exchanges da Coinbase. Ishan Wahi, o ex-gerente, avisava um de seus parceiros (o irmão Nikhil ou o amigo Ramani) e este, por sua vez, comprava os tokens digitais antes da listagem para vendê-los com lucro depois.
De acordo com a acusação, "esses negócios coletivamente levaram a ganhos realizados e não realizados, totalizando pelo menos aproximadamente US$ 1,5 milhão".
Tentativa de fuga
Ishan Wahi trabalhava com a equipe de listagem de ativos da Coinbase, o que significa que tinha conhecimento avançado de quais criptomoedas a organização planejava listar. De acordo com o The Register, ele também tinha acesso a um canal privado de mensagens da Coinbase reservado apenas para alguns funcionários com envolvimento direto no processo de listagem de ativos. Alguns tokens envolvidos nessa fraude incluem TRIBE, XYO, ALCX, GALA, ENS e POWR.
Depois que a Coinbase começou a investigação do caso, graças a uma conta no Twitter que os federais descrevem como "bem conhecida na comunidade criptográfica", Wahi supostamente tentou fugir dos Estados Unidos, mas foi impedido pela polícia. O irmão e o amigo também teriam sido avisados da situação.
Ishan Wahi tem quatro acusações ativas, com pena máxima de 20 anos cada uma, e está preso desde quinta-feira (14). Seus parceiros têm duas acusações cada, sendo que o irmão Nikhil também está preso e o amigo Sameer Ramani atualmente está foragido.
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