O Twitter divugou na manhã desta sexta-feira (22) os seus resultados fiscais para o segundo trimestre de 2022. Abaixo das estimativas, a empresa teve receita de US$ 1,18 bilhão, representando uma queda de 1% na comparação ano a ano. O principal culpado pelo resultado seria Elon Musk e a incerteza sobre o fechamento da aquisição da rede social pelo bilionário.
A empresa informou que atingiu no período 237,8 milhões de usuários diários monetizáveis (mDAUs), sendo este um aumento de 16,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A média internacional foi de 196,3 milhões de usuários (+17%). “O aumento foi impulsionado por melhorias contínuas de produtos e conversas globais sobre eventos atuais”, disse a companhia.
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Já a receita de publicidade totalizou US$ 1,08 bilhão, registrando um aumento direto de 2%. Em serviços de assinatura e “outras receitas”, foram totalizados US$ 101 milhões, representando uma redução de 27% ano a ano.
O caos de Musk
A empresa também informou que os custos “relacionados à aquisição pendente do Twitter foram de aproximadamente US$ 33 milhões no segundo trimestre”. Em custos e despesas, foram registrados US$ 1,52 bilhão (+31%), enquanto o prejuízo operacional ficou em US$ 344 milhões.
A companhia também cancelou a teleconferência de resultados por causa da aquisição pendente do Twitter por Musk.
O bilionário Elon Musk desistiu de comprar o Twitter, e agora é culpado por fazer a empresa perder dinheiro.
A aquisição do Twitter por Musk foi anunciada em 25 de abril com um acordo de fusão. Por US$ 54,20 por ação, a transação totalizaria US$ 44 bilhões, tornando o Twitter uma empresa privada após a conclusão. Em 8 de julho, o CEO da Tesla informou a desistência do acordo e foi formalmente processado pela empresa no dia 12.
No processo, o Twitter diz que Musk precisa “cumprir com suas obrigações” contratuais e finalizar o acordo de fusão. O caso, que já teve sua primeira audiência nesta semana, será julgado em outubro deste ano.