A Tesla divulgou na quarta-feira (20), o resultado financeiro do segundo trimestre de 2022, no qual, entre as estratégias utilizadas para fazer face à inflação e à desaceleração da economia mundial, os executivos revelaram a venda de 75% das reservas de Bitcoin da empresa. As conversões ajudaram a reforçar o caixa da fabricante de veículos elétricos em US$ 936 milhões (R$ 5,1 bilhões).
Entusiasta declarado dos criptoativos, o CEO da Tesla, Elon Musk, colocou a hashtag #bitcoin em seu perfil do Twitter no dia 29 de janeiro de 2021 e, uma semana depois, a empresa anunciou um investimento de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,2 bilhões na cotação atual) em bitcoins. A transação elevou a cotação da moeda a impressionantes US$ 61 mil, um recorde histórico.
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A euforia dos investidores fez com que a montadora passasse a aceitar a criptomoeda como pagamento na compra de seus veículos elétricos no final de março. Mas a festa durou pouco: apenas 49 dias depois, a gigante de Austin suspendeu o recebimento de moedas virtuais, alegando preocupações ambientais.
Quanto dinheiro a Tesla possui aplicado em criptomoedas?
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
Quando a Tesla parou de receber bitcoins como forma de pagamento pelos seus produtos em maio do ano passado, a companhia garantiu que não iria se desfazer de sua carteira de criptoativos. No entanto, até dezembro de 2021, já havia vendido cerca de 10% de sua posição em BTC por US$ 272 milhões, de acordo com documentação enviada à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
Avaliados em cerca de US$ 1,2 bilhão nos trimestres anteriores, os “ativos digitais” da Tesla somam agora US$ 218 milhões (R$ 1,2 bilhão), segundo o último relatório de resultados. Ao somar os 10% vendidos no ano passado com os atuais US$ 936 milhões, é possível notar que a operação com bitcoins foi lucrativa, rendendo quase US$ 20 milhões para a empresa.
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