A Intel tem informado aos clientes que planeja aumentar os preços dos seus processadores ainda este ano, conforme notícia publicada pelo Nikkei Asia nessa quinta-feira (14). A decisão pode ter um impacto considerável nos produtos de informática, tornando-os mais caros.
Segundo o relatório, a gigante dos semicondutores usa a elevação dos custos relacionados à compra de materiais e à produção dos chips como justificativa para o aumento dos preços. Além dos processadores de computadores, outros produtos feitos por ela, como chips para Wi-Fi e CPUs para servidores, podem ser afetados.
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Os novos valores devem ter um acréscimo de 10% a 20%, dependendo do tipo do produto, seja direcionado ao público corporativo ou ao consumidor final, de acordo com a publicação. É possível que eles comecem a entrar em vigor já no início do segundo semestre.
A decisão da Intel deve afetar os preços dos PCs, em breve.Fonte: Unsplash
A mudança nos preços dos chips da Intel ocorre em meio ao aumento da inflação em diversos países. No mercado norte-americano, por exemplo, os preços ao consumidor tiveram um acréscimo de 9,1% em junho, a maior elevação dos últimos 40 anos nos Estados Unidos.
Reação em cadeia
Além da Intel, que sinalizou a intenção de aumentar os valores cobrados em seus chips no balanço financeiro do primeiro trimestre deste ano, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) deve seguir o mesmo caminho, elevando os preços em um dígito a partir de 2023. Como a marca taiwanesa produz os processadores da AMD, as mudanças deverão ser sentidas em várias frentes.
Enquanto os preços tendem a subir cada vez mais, as vendas de PCs, que tiveram um grande salto entre 2020 e 2021 por conta das restrições provocadas pela pandemia de covid-19, começaram a cair em 2022. Clientes da Intel, marcas como Acer e Asus já alertaram sobre a queda.
Com a desaceleração das vendas, até mesmo a escassez global dos chips, que afetou diversos segmentos da indústria ao longo dos últimos meses, pode deixar de ser um problema, em breve. Em declaração dada esta semana, o CEO da Acer, Jason Chen, disse que a sua empresa já não lida mais com a falta dos semicondutores.
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