Após a ruidosa desistência de Elon Musk da compra do Twitter por US$ 44 bilhões na sexta-feira (8), as ações da rede social começaram a cair vertiginosamente, fechando o dia em US$ 36,81 (R$ 197), uma queda de 5,10%, de acordo com o Yahoo! Finanças. Só para efeito de comparação, é bom lembrar que o preço original por ação oferecido pelo bilionário no frustrado acordo foi de US$ 54,20 (R$ 289).
A coisa não foi diferente na manhã desta segunda-feira (11), nas negociações do pré-mercado. No momento em que este artigo é redigido, as ações da TWTR estão sendo cotadas na Bolsa de Nova York (NYSE) a US$ 34,55 (R$ 185), o que representa um novo mergulho de 6,14%. As ações da Tesla, por outro lado, embora não tenham disparado imediatamente, subiram a US$ 752,29 (R$ 4.026) na sexta (ganho de 2,54%), mas operam em baixa nesta segunda-feira (11).
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— Elon Musk (@elonmusk) July 11, 2022
Por que a desistência de Musk é boa para a Tesla?
Embora intrinsecamente a retirada de Musk do Twitter não tenha uma relação direta com a sua atuação na Tesla, da qual também é acionista majoritário, parece que a maioria dos acionistas da fabricante de veículos elétricos pensa diferente. Tanto que as ações da montadora despencaram, de US$ 1.145 em abril (quando Musk anunciou a compra da rede social), para os atuais US$ 752,29 de sexta-feira.
A explicação dos investidores é simples: eles entendem que, ao se dedicar ao Twitter, um negócio teoricamente menos rentável, mas ao qual Elon Musk se entrega com paixão, ele acaba dedicando menos tempo e atenção aos sérios problemas pelos quais a Tesla está passando, principalmente dentro de um cenário econômico mundial adverso.
Enquanto isso, o bilionário se comporta da forma como gosta: divulgando memes sobre a iminente derrocada do Twitter... no próprio Twitter. Ele sabe que, mesmo pagando uma multa bilionária pela desistência do negócio, ainda assim ganhará retornos consideráveis em seus outros negócios.
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