Os desligamentos de internet ordenados por governos trazem grandes impactos para a economia global. Somente em 2022, as interrupções forçadas já custaram US$ 10,16 bilhões (R$ 55 bilhões), até o início de julho, quase o dobro da quantia registrada em todo o ano de 2021, de acordo com a Top10VPN.
Divulgado na terça-feira (5), o relatório mais recente da plataforma mostra que foram registradas 54 paralisações da internet desde janeiro, em 16 países, totalizando 19.415 horas sem conexão. A título de comparação, foram 50 desligamentos ao longo de 2021, em 21 países, que custaram US$ 5,45 bilhões (R$ 29 bilhões).
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Conforme os responsáveis pelo levantamento, a lista inclui três tipos de ações deliberadas, como os apagões da internet e os bloqueios das redes sociais. A limitação da velocidade de navegação, levando as redes móveis a serem usadas somente para ligações e o envio de mensagens de texto, é o terceiro método descrito.
Impedir protestos é um dos motivos pelos quais os governos bloqueiam a internet.Fonte: Unsplash
Além dos prejuízos financeiros, grande parte dessas interrupções da internet traz implicações para os direitos humanos. Segundo o relatório, alguns dos incidentes rastreados acontecem como forma de interferir em processos eleitorais, dificultar a divulgação de protestos e impedir a liberdade de imprensa.
Rússia lidera bloqueios
Envolvida na guerra contra a Ucrânia, a Rússia registrou o maior prejuízo com os bloqueios de internet em 2022, até o momento, tendo perdido US$ 8,78 bilhões. De acordo com a investigação, os apagões começaram após a invasão do país vizinho e servem para limitar os protestos pedindo paz e a divulgação de notícias contrárias ao Kremlin.
Mianmar e Cazaquistão aparecem na sequência, registrando perdas de US$ 468,2 milhões e US$ 410,3 milhões, respectivamente. O Irã é o quarto colocado do ranking, com prejuízo de US$ 190 milhões, enquanto a Nigéria fecha o top 5, tendo perdido US$ 82,1 milhões por causa dos cortes de internet.
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