A exemplo do que ocorreu na Copa do Mundo de 2018, quando criou o VAR, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciou na sexta-feira (1º) uma nova tecnologia revolucionária que promete auxiliar os árbitros na tomada de decisões mais ágeis e precisas. Trata-se do impedimento semiautomático, uma recriação em 3D dos gols marcados, para avaliar a posição dos jogadores.
A novidade, já testada na Copa da Arábia e no Mundial de Clubes do ano passado, estreará oficialmente na Copa do Mundo 2022, que será realizada no Catar de 21 de novembro a 18 de dezembro. A expectativa, no entanto, é que o novo equipamento passe a ser adotado por todas as federações e ligas nacionais.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Como irá funcionar o impedimento semiautomático?
Para fazer uma cópia em desenho animado do jogo, serão instaladas dez câmeras dedicadas unicamente a reproduzir o posicionamento dos atacantes e defensores envolvidos nas jogadas polêmicas, além dos equipamentos normalmente instalados para as transmissões dos jogos. As câmeras exclusivas rastrearão 29 pontos do corpo de cada jogador para acompanhar seus movimentos e posições 50 vezes por segundo, transmitindo tudo para a sala do VAR.
O recurso é chamado de “semiautomático” porque é criado a partir do momento em que é tomada a decisão de chamar um possível impedimento, mas o processo todo leva no máximo 25 segundos. As imagens resultantes são mostradas para os membros da equipe de arbitragem, e retransmitidas para os placares e telões do estádio, para que todos os jogadores e telespectadores vejam tudo.
A ideia por trás do investimento na nova tecnologia é não apenas reduzir as taxas de erros com impedimentos, que nem o VAR conseguiu resolver, mas também diminuir as constantes paralisações feitas atualmente, para que os auxiliares de arbitragem revisem as jogadas quadro a quadro durante as partidas.
Categorias