Em forte tendência de baixa desde o início deste mês, o Bitcoin parece ter iniciado um infame período conhecido como mercado de baixa — ou Bear Market, no termo popularizado em inglês. Também existente nos mercados tradicionais, a fase é caracterizada por sucessivas e constantes quedas, geralmente tendo seu início confirmado após um importante ativo encarar uma queda de preço superior a 20% em relação a seu último topo. Além disso, todo o episódio é permeado por pessimismo e medo entre os investidores.
Familiar, o contexto citado se parece com o atual e, junto das semelhanças, é acompanhado por uma velha pergunta: "o Bitcoin morreu?". Analisando os ciclos passados da principal criptomoeda do nicho, segundo o site 99Bitcoins, é seguro dizer que o ativo digital já "morreu", pelo menos, 455 vezes desde sua criação em 2009 — mas passa bem.
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Entretanto, a recorrente dúvida resultou em um aumento histórico de buscas no Google recentemente, atingindo até mesmo o nível máximo de interesse no buscador — analisado em uma pontuação de 0 a 100, baseando-se em dados anônimos agrupados por localização. Sem outros precedentes desde dezembro de 2017, o marco atingiu seu pico nesta segunda-feira (20). Confira:
Google searches for "bitcoin dead" hit all time highs over the weekend. pic.twitter.com/oDXNqGEeIL
— Alex Krüger (@krugermacro) June 20, 2022
Por que o Bitcoin está caindo — e até onde ele vai?
Sem uma resposta concisa, é possível sugerir diversas explicações para a mais recente queda do Bitcoin. A princípio, é importante esclarecer que o ativo parece seguir, de modo geral, um ciclo de negociações de quatro anos, que se encerra em fortes correções. O intervalo coincide com os halvings, períodos onde a taxa de recompensa para a mineração dos blocos na rede cai pela metade. Nesse contexto, muitos especialistas já consideravam que 2022 seria um ano de queda.
No entanto, o evento pode ter sido acelerado pelas decisões da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) sobre a inflação norte-americana e, especialmente, pela implosão do ecossistema Terra/Luna, que desestabilizou o mercado com inseguranças sobre a tecnologia. Para os entusiastas mais puristas, a nova queda do Bitcoin trata-se apenas de uma nova oportunidade de plantar lucros para uma futura colheita — em 2026.
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