A América Latina apresentou um abastecimento do mercado de celulares abaixo do desejado nos últimos meses, segundo novo relatório da Counterpoint. O envio desses aparelhos caiu 5,8% comparado ao mesmo período de 2021, e uma das grandes justificativas são as restrições de fornecimento, principalmente para as fabricantes chinesas.
As dificuldades estariam diminuindo, mas podem continuar sendo um problema pelo resto de 2022. De acordo com a analista Tina Lu, as OEMs na América Latina, ou seja, fabricantes que montam e desenvolvem produtos para outras empresas, estavam em uma "feroz guerra de preços", o que diminuiu o impacto de demanda do consumidor. Mas isso pode mudar daqui para frente, principalmente nos segmentos de smartphones intermediários e topo de linha.
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A maioria dos maiores países da LATAM (sigla para América Latina) seguiu a tendência regional de queda anual de mercado, exceto o Chile.
Crescimento do mercado de smartphones nos maiores países da América Latina no primeiro trimestre de 2022. (Counterpoint)Fonte: Counterpoint
Samsung é líder no mercado
A Samsung manteve a liderança em todos os mercados da América Latina ano-a-ano, com destaque para suas vendas no Brasil e para os aparelhos Galaxy A03. No entanto, o envio dos seus smartphones caiu no comparativo anual e trimestral, devido, por exemplo, ao embarques a menos da sua fábrica no Vietnã. A Samsung não tinha oferta suficiente para aparelhos de entrada, por isso teve uma ligeira queda em seu volume de vendas neste segmento, principalmente no Brasil e no México.
A ZTE continuou a ser a principal fornecedora de dispositivos considerados de entrada.
Participação de mercado das principais OEMs de smartphones na América Latina em 2021 e 2022. (Counterpoint)Fonte: Counterpoint
Apesar disso tudo, a presença de dispositivos 5G continuam a crescer na região. Eles representavam 15% dos smartphones vendidos, e seus maiores mercados incluem o Brasil, México e Chile. A Samsung também se tornou a líder de fornecimento de smartphones com 5G habilitado.
Fontes