O CEO e fundador da Epic Games, Tim Sweeney, criticou mais uma vez a rival Apple por supostas práticas anticompetitivas de mercado. As duras críticas chegam após uma grande luta judicial entre as duas empresas por causa da falta de liberdade no iOS
Em uma entrevista para o site Financial Times, Sweeney expressou a preocupação de que a Apple, caso continue livre para controlar ecossistemas, possa expandir o seu domínio até para outros segmentos da tecnologia.
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App Store é monopólio para o CEO da Epic Games.Fonte: Apple
"O problema aqui é um clássico monopólio. Você começa com hardware. A Apple faz celulares e lucra por isso — e merece. Mas aí eles forçam todos os compradores a usarem a loja de aplicativos exclusiva deles para obter conteúdo digital", diz o comandante da Epic Games.
"Eles impedem todas as outras lojas de competirem com eles em um hardware de posse de milhões de usuários. Esse é o primeiro laço e ele obstrui completamente toda a competição e forças do mercando que poderiam moldar melhor as lojas e trazer melhores negócios aos consumidores", complementa Sweeney.
O CEO ainda diz que os usuários de iOS e Android e as próprias empresas responsáveis foram "enganados" por redes sociais como o Facebook — que fizeram eles pensarem que teriam uma relação direta com as empresas, mas, na verdade, só envolveu a entrega do relacionamento com o consumidor para intermediários e "a construção de paredes ainda maiores".
Fortnite segue banido no iOS e fora da Google Play Store.Fonte: Fortnite
Sweeney falou ainda que o domínio deve ser impedido agora para evitar que ele seja expandido.
"Se essas práticas continuarem em celulares, eles não vão dominar só o comércio digital e de bens digitais em smartphones. Eles, no fim das contas, vão dominar o metaverso e dominar todo o comércio presencial que acontecerá nas realidades virtual e aumentada", avisa o executivo.
Briga antiga
A Epic Games processou a Apple e o Google em agosto de 2020 após ambas as plataformas banirem o jogo Fortnite. O motivo foi a recusa da desenvolvedora de aceitar a cobrança de taxas que chegam a até 30% nas lojas digitais.
O veredito da briga com a Maçã já saiu e foi considerado ambíguo, já que promovia pequenas mudanças no mercado, mas não foi considerado suficiente pelo estúdio e agora está em fase de recurso. O caso com o Google ainda será julgado, mas a empresa possui vantagens no tribunal por oferecer o carregamento de apps e lojas por fora da Google Play Store.
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