Um juiz do tribunal superior do condado de Alameda, no estado norte-americano da Califórnia, rejeitou o pedido da montadora Tesla de chegar a um acordo com uma funcionária que está processando a companhia.
De acordo com o juiz Stephen Kaus, a Tesla tentou forçar Jessica Barraza a aceitar um pagamento em dinheiro e um acordo arbitrário — tudo a partir de cláusulas não detalhadas no seu contrato. Entretanto, ele considerou "injusto" adicionar tantas barreiras jurídicas contra um funcionária de baixo cargo e pagamento, e que foi contratado após proposta verbal da própria montadora enquanto estava empregada.
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Ela ainda assinou um acordo de confidencialidade e, por ter desistido do trabalho anterior, teria sido colocada em uma situação delicada e "emboscada" para aceitar o novo emprego sob qualquer situação.
A acusação
O processo de Barraza foi instaurado em novembro de 2021. Ela denunciou que o ambiente nas fábricas da empresa envolve preconceito e assédio sexual, "parecendo uma versão crua e arcaica de uma casa de fraternidade universitária". Entre os atos estariam comentários, propostas e toques inapropriados.
Além disso, após reclamar para os superiores sem que as acusações fossem levadas adiante, Barraza teria "perdido alguns privilégios" na companhia e viu a sua rotina no trabalho piorar consideravelmente como punição.
O caso agora deve seguir para julgamento, ainda sem uma data definida. A empresa já encara outros processos de ex-funcionários, inclusive outras acusações de assédio sexual e casos de racismo.
Fontes