Na última quarta-feira (18), o Índice Dow Jones — representativo das 30 maiores empresas na indústria norte-americana — confirmou o pior fechamento diário desde março de 2020. Tentando recuperar o movimento de alta projetado pelos incentivos econômicos contra os efeitos da recente pandemia, e sua subsequente quarentena, o principal marcador financeiro falhou novamente e registrou uma perda de 3,57%, pior declínio-médio desde junho de 2020.
Seguindo a mesma tendência de baixa, o Índice S&P 500 — que acompanha as mais importantes empresas da Bolsa de Nova York — também encarou uma queda de 4,04%, sendo essa a maior desde junho de 2020. Dentre as quinhentas empresas acompanhadas nele, apenas oito se mantiveram em negociações de compra na ocasião, registrando um dia "verde" em comparação.
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Crise nas big techs
Mesmo as maiores empresas no Índice não escaparam do alto volume de vendas. Fortes presenças, como a Apple e Microsoft, registraram quedas de 5,58% e 4,54%, respectivamente.
Já a Google e a Meta, no campo dos serviços de comunicação, encararam quedas de 3,99% e 5,07%, cada. Somadas, essas Big Techs possuem um peso de 16,4% no valor do S&P500 — sugerindo que o problema, embora generalizado, parece ter forte influência das ações ligadas à "tecnologia".
at least it's Friday pic.twitter.com/fmsKdjMk7Z
— Myles Udland (@MylesUdland) May 18, 2022
Sem expectativas de melhora para o curto prazo, o problema parece se enraizar na crescente inflação, evasão de investimentos de alto risco e diminuição da injeção de dinheiro no mercado geral. O cofundador da Cresset Capital, Jack Ablin, explica à CNBC: "Qualquer empresa que dependa de residências e compras triviais provavelmente sofrerá neste trimestre," afirma, "porque grande parte da renda trivial foi canalizada para os preços de alimentos e energia," conclui.
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