Com o fim do lock-up das ações do Nubank na terça-feira (17), o CEO da fintech, David Vélez, aproveitou a teleconferência após a divulgação dos resultados do último trimestre, na segunda-feira (16), para assegurar que “a maioria dos acionistas” não pretendia vender suas ações.
O lock-up é uma cláusula contratual que fixa um período no qual os investidores ficam impedidos de vender as ações de uma empresa, sob pena de multa. Depois de anunciar "o trimestre mais forte na história do Nu", Vélez garantiu que os investidores "têm nos falado que não têm nenhum interesse em vender ações no curto prazo. Eu pessoalmente também vendo zero ações do Nubank", afirmou o colombiano.
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Quando o Nubank fez sua oferta pública inicial (IPO) na Bolsa de Nova York, no dia 9 de dezembro do ano passado, um grande lote de ações não foi vendido, uma vez que alguns acionistas da empresa, como primeiros funcionários que detêm participações, não podiam comercializar os papéis logo após o IPO.
David Vélez tentou minimizar as preocupações com o fim do lock-up. (Fonte: Nubank/Divulgação.)Fonte: Nubank
Como se comportaram as ações do Nubank na terça-feira?
A estratégia do Nubank de antecipar a liberação do lock-up pareceu, a princípio, acertada. Sob a influência de números positivos do resultado financeiro, o dia começou promissor para as ações da fintech. Tantos os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) negociados na B3 quanto os ativos negociados na Bolsa de Nova York (NYSE) abriram com fortes ganhos.
No entanto, logo na manhã de quinta-feira (17), os papéis passaram por forte volatilidade e convergiram para queda. Na bolsa norte-americana, após chegar a US$ 5, uma subida de 15% na máxima do dia, o papel NU passou a ter perdas no final da manhã, subiu à tarde, mas fechou em queda de 6,21%, sendo cotado a US$ 4,08. Já no Brasil, os BDRs fecharam em R$ 3,38, uma baixa de 7,40%.