A Bolsa de Valores do Brasil (B3) vai lançar o seu primeiro produto de negociação de bitcoin ainda em 2022, conforme relato do Cointelegraph nesta segunda-feira (16). A confirmação foi dada pelo executivo-chefe financeiro do grupo André Milanez, que falou sobre o assunto em teleconferência de apresentação dos resultados do primeiro trimestre deste ano.
De acordo com ele, os futuros de bitcoin da B3 deverão estar disponíveis em um período de três a seis meses, ou seja, até o final do ano. A fala ratifica a informação revelada pelo diretor de TI da Bolsa, Jochen Mielke de Lima, em janeiro, dando conta de que produtos envolvendo criptomoedas estavam a caminho.
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Na ocasião, Mielke revelou que o grupo ainda precisava definir se as negociações dos futuros de criptomoedas terão como base o dólar ou o real. Em caso de escolha da moeda nacional, é necessário compor um índice de referência de criptoativos em reais, algo inexistente no momento, segundo a publicação.
O preço do bitcoin tem apresentado grande variação nas últimas semanas.Fonte: Shutterstock
Por enquanto, não há maiores informações sobre como vai funcionar o produto, uma vez que Milanez comentou apenas a respeito do prazo definido para o lançamento dos futuros de bitcoin. O projeto também deve envolver o ethereum, segunda maior criptomoeda do mundo.
Mais novidades
Os mercados futuros de bitcoin e ethereum não devem ser as únicas iniciativas da Bolsa de Valores do Brasil neste segmento. Ela também pretende disponibilizar serviços para as exchanges de criptomoedas que atuam no mercado nacional, funcionando como uma centralizadora das operações de custódia e liquidação.
Neste caso, a B3 forneceria meios para que as corretoras padronizem suas operações, facilitando a resolução de eventuais problemas que possam surgir entre elas, melhorando também o serviço para o cliente final. A novidade atenderia cerca de 30 exchanges nacionais, além das empresas internacionais presentes por aqui.
Outros produtos relacionados ao dinheiro digital e à tecnologia blockchain não estão descartados pela Bolsa brasileira, podendo ser apresentados nos próximos meses. O lançamento de uma plataforma de tokenização de ativos está entre eles.
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